Polícia Civil desmonta laboratório clandestino de Mounjaro

A Polícia Civil de Minas Gerais desarticulou um laboratório clandestino de medicamentos na região Leste de Belo Horizonte. No local, eram produzidas versões irregulares do Mounjaro, medicamento utilizado no tratamento de diabetes tipo 2 e também conhecido por auxiliar na perda de peso.
Imagem: PCMG/ Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais desarticulou um laboratório clandestino de medicamentos na região Leste de Belo Horizonte. No local, eram produzidas versões irregulares do Mounjaro, medicamento utilizado no tratamento de diabetes tipo 2 e também conhecido por auxiliar na perda de peso.

Durante a operação, três homens — de 25, 34 e 58 anos — foram detidos. Eles são suspeitos de envolvimento direto na falsificação, manipulação e venda ilegal do medicamento, cuja comercialização exige prescrição médica e controle rigoroso por órgãos de saúde.

Estrutura irregular e risco à saúde


No imóvel vistoriado, os policiais encontraram ampolas, seringas, canetas injetoras, rótulos falsificados, caixas térmicas, além de substâncias que imitariam o princípio ativo do Mounjaro. Todo o material estava sendo preparado para distribuição sem qualquer tipo de controle sanitário, nota fiscal ou rastreabilidade.

Segundo os investigadores, o ambiente de manipulação era completamente inadequado para a produção de medicamentos. A ausência de higiene, armazenamento incorreto e ausência de profissionais habilitados agravavam ainda mais os riscos aos consumidores.

Uso médico e riscos do consumo irregular

O Mounjaro é um medicamento injetável à base de tirzepatida, utilizado principalmente no controle do diabetes tipo 2. Embora também esteja sendo usado para auxiliar na perda de peso em pacientes com obesidade, sua aplicação deve ser feita com acompanhamento médico, devido aos possíveis efeitos colaterais e à necessidade de controle da dosagem.

O consumo de versões falsificadas ou manipuladas sem autorização representa um grave risco à saúde, podendo causar reações adversas severas, intoxicações ou ineficácia no tratamento.

Crimes e penalidades

Os suspeitos irão responder por crimes previstos na legislação sanitária e penal, como falsificação e comercialização de produtos terapêuticos sem registro. As penas podem ultrapassar dez anos de reclusão, além de multa. O material apreendido foi encaminhado para análise técnica e os responsáveis serão investigados por envolvimento em rede de distribuição ilegal.

Alerta à população

A Polícia Civil reforça o alerta para que a população só adquira medicamentos em farmácias autorizadas, com prescrição médica e registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Denúncias sobre irregularidades podem ser feitas de forma anônima.