Nessa terça-feira (18/10), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu em flagrante uma adolescente de 14 anos, em Montes Claros, região Norte do estado, por ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. Com ela, foram encontradas oito barras de maconha que estavam dentro de uma mochila. A droga seria levada de Montes Claros para Januária, cidade a cerca de 170 quilômetros de distância.
Segundo a PC, a apreensão ocorreu após o compartilhamento de informações entre a equipe da Delegacia Antidrogas e da Agência de Inteligência em Januária. De acordo com o delegado Alberto Tenório, que coordena as investigações, levantamentos apontavam que uma pessoa do sexo feminino, morena, baixa e magra, havia se deslocado para Montes Claros com o objetivo de transportar grande quantidade de entorpecentes para Januária. Ainda segundo apurado, a pessoa, vestindo uma blusa rosa e calça jeans, havia embarcado em um táxi intermunicipal portando uma mochila vazia.
Com base nessas informações, policiais em Montes Claros abordaram a adolescente próximo a uma empresa da cidade, local conhecido pelo embarque e desembarque de passageiros. Durante buscas, as oito barras de maconha e uma porção de mesma substância foram encontradas na mochila da adolescente. Algumas delas continham um adesivo com a foto de um cantor de rap americano, sugerindo tratar-se de um símbolo usado pelos traficantes para diferenciar o entorpecente vendido por eles.
Na ocasião, a adolescente contou que teria sido contratada por um desconhecido para fazer o transporte dos entorpecentes de Montes Claros para Januária, recebendo o valor de R$ 250.
Adolescente é apreendida com oito barras de maconha em Montes Claros
Segundo Tenório, muitos traficantes usam menores de idade para fazer esse transporte de entorpecentes para não despertar suspeitas. “Em diversos casos, a pessoa de baixo poder aquisitivo se submete a essa situação para conseguir dinheiro fácil. Para os grandes traficantes, utilizar esse tipo de ‘mão de obra’ é vantajoso, por afastá-los da fiscalização e envolverem pessoas que geralmente não levantam suspeitas”, explica. Um representante do Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar a adolescente, que foi encaminhada para a Delegacia de Plantão da cidade. As investigações continuam, visando à identificação do responsável por contratar a adolescente. “Assim que identificado, esse contratante irá responder pelos crimes de tráfico de drogas e corrupção de menores”, concluiu Alberto.
