O Portal Webterra divulgou ontem, quarta-feira (17), uma matéria após um vídeo do Vereador Wilton Dias viralizar nas redes sociais informando à população sobre o tratamento precoce que estaria sendo disponibilizado em Montes Claros. O alerta surtiu efeito, pois, agora, a Secretaria de Saúde está afixando avisos sobre o tratamento nas Unidades Básicas de Saúde.
Essa ação, segundo o parágrafo 2º do Art 7. do Decreto nº 4149, de 17 de dezembro de 2020, já deveria ter acontecido, pois o artigo determina que “deverão ser afixadas nas unidades de saúde do Município informações quando ao direito do paciente, caso queira, de receber o tratamento precoce para o enfrentamento da COVID-19. A Secretaria Municipal de Saúde ainda deverá implementar os meios de acesso a referido tratamento precoce, no prazo de até 15 (quinze) dias”.
No vídeo, Wilton alertava para que a população procurasse uma Unidade Básica de Saúde, caso tivesse os sintomas da Covid-19. A decisão de Wilton repercutir as informações, foi, segundo ele, porque muitas pessoas não sabiam dessa possibilidade de tratamento.
Segundo o parlamentar, o decreto divulgado no dia 17 de dezembro determina que a Secretaria Municipal de Saúde que, a critério médico, disponibilize aos usuários do Sistema Único de Saúde, com a concordância do paciente, todos os tipos de tratamento precoces disponíveis, nos termos das notas informativas do Ministério da Saúde. Uma realidade bem diferente da vivida pelo montes-clarense que procurava uma UBS.
“Cabe ao profissional, o médico, adotar ou não, mas a informação aos usuários do SUS deve ser obrigatória no seu posto, na estratégia de Saúde da Família do seu bairro”, discursa Wilton.
Dentre os medicamentos disponibilizados
pela rede estão analgésicos, antialérgicos e corticoides, Azitromicina, Ivermectina, Dipirona, Dexametasona, Prednisona, Loratadina e Acetilcisteína. A Hidroxicloroquina e a vitamina D também são disponibilizados, mas precisaram ser adquiridos exclusivamente para o tratamento da covid, já que o município não tinha em estoque.
“o protocolo de tratamento precoce da covid-19 foi disponibilizado em julho de 2020 para os médicos da atenção primária, como uma opção terapêutica para que os médicos definissem, junto com seus pacientes sobre o início precoce ou não de medicamentos que ainda não tem evidências científicas robustas. O protocolo se baseou nas orientações de manejo do ministério da saúde e exige que o médico discuta sobre essa conduta com seu paciente e, caso seja optado por iniciar terapias específicas, o paciente deve assinar um termo de consentimento, anexo ao protocolo”, explica Dulce Pimenta Secretária de Saúde.
Os medicamentos não têm comprovação científica de eficácia contra a Covid-19, ainda que há evidências de melhora nos pacientes que fizeram uso dos remédios.
Confira o vídeo do parlamentar:
