Cidades que aplicam metodologia integrada de segurança registram queda de crimes patrimoniais

Estratégia aplicada pelo estado mostra resultados positivos em Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora; Uberlândia interrompe alta e estabiliza índices

A aplicação da metodologia Igesp Focal contribuiu para a redução de crimes contra o patrimônio em Minas Gerais. Entre julho de 2024 e junho de 2025, foram registradas 249.356 ocorrências no estado, queda de 4% em relação ao período anterior.

Nas cidades onde a iniciativa foi adotada, os resultados foram mais expressivos: Belo Horizonte registrou redução de 14%, Contagem de 11% e Juiz de Fora de 20%. Em Uberlândia, os índices se mantiveram estáveis, interrompendo uma sequência de aumentos gradativos.

Elaborada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), a metodologia Igesp tem como objetivo integrar órgãos da segurança pública e do sistema de Justiça Criminal, promovendo troca de informações, planejamento conjunto e acompanhamento dos resultados.


Executada pela Subsecretaria de Integração da Segurança Pública, a modalidade focal foi discutida durante reuniões presenciais em cidades com áreas classificadas como Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC). Nesses locais, a análise apontou queda significativa dos crimes contra o patrimônio.

Considerando todo o estado, entre julho de 2022 e junho de 2023, período anterior à implementação da metodologia, foram registradas 259.165 ocorrências. Já entre julho de 2024 e junho de 2025, com o Igesp Focal em execução, o número caiu para 249.356, representando redução de 4%.

Em Belo Horizonte, a queda foi de 14% (de 37.352 para 32.022), com destaque para as regiões do Centro e dos bairros Lagoinha e Floresta, que registraram diminuição de 18%. Em Contagem, o índice recuou 11% (3.628 para 3.238). Juiz de Fora apresentou o melhor resultado, com queda de 20% (3.357 para 2.671). Já Uberlândia apresentou leve aumento de 3% (3.808 para 3.912), considerado pela Sejusp como um indicativo de reversão do crescimento contínuo.

Para o secretário da Sejusp-MG, Rogério Greco, os resultados reforçam o impacto positivo da integração entre diferentes órgãos.

“O Igesp possibilita a integração entre polícias, Ministério Público, Judiciário e, neste caso, também com as prefeituras e sociedade civil, devolvendo à população um estado mais seguro e planejado, preparado de fato para combater o crime”, destacou.

Leila Santos é jornalista graduada pela Funorte, com sólida experiência em comunicação. Atuou como editora-chefe e possui passagens por emissoras de TV, assessorias de imprensa, agências de publicidade e veículos digitais. Atualmente, integra o Portal Webterra, onde alia técnica, ética e compromisso à produção de conteúdos jornalísticos de qualidade. Leitora dedicada e engajada em causas sociais, conduz seu trabalho com sensibilidade, responsabilidade e credibilidade.