A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu 432 pessoas por violência doméstica ao longo do mês de agosto, durante a Operação Agosto Lilás. A ação teve como objetivo intensificar as medidas de enfrentamento à violência contra a mulher no estado, com foco na prevenção e na responsabilização dos agressores.
Segundo a corporação, das prisões realizadas, 198 foram por meio de mandados em aberto e as demais em flagrante. Todos os detidos tinham passagens anteriores relacionadas à violência doméstica. No total, cerca de 3.600 pessoas foram abordadas durante as operações.
As ações foram conduzidas pelas Radiopatrulhas de Proteção à Mulher (RpPM), que realizaram aproximadamente 5 mil operações preventivas em todo o estado. A iniciativa incluiu ainda 1.400 visitas domiciliares preventivas, dentro do Protocolo de Segunda Resposta, que atende tanto mulheres vítimas de violência quanto os agressores. Além disso, foram promovidas 202 reuniões com órgãos da Rede de Enfrentamento e 677 palestras educativas sobre o tema.
De acordo com a chefe do Centro de Jornalismo Policial da PM, major Layla Brunnela, as prisões ocorreram nas 19 Regiões de Polícia Militar, com destaque para Belo Horizonte, onde foram registrados 32 detidos. Ela explicou que parte dos mandados foi cumprida em parceria com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a partir da análise de um banco de dados de suspeitos com histórico de crimes, incluindo violência doméstica.
“A Polícia Militar mantém um trabalho contínuo para a proteção da mulher, sendo intensificado ao longo do mês de agosto, e as prisões reforçam o combate ao autor que precisa ser penalizado e entender as consequências de suas ações”, afirmou a major.
Ações permanentes
O serviço de Prevenção à Violência Doméstica (PVD) da PMMG foi criado em 2010 e é executado pelas RpPM. Atualmente, está presente de forma fixa em 172 municípios, com os demais atendidos por equipes capacitadas.
A major destacou ainda o papel da Polícia Militar como porta de entrada para registros desse tipo de ocorrência. “Pelo fato de estar nas ruas ostensivamente e presente nos 853 municípios, a Polícia Militar é a principal porta de entrada das ocorrências de violência doméstica. Cabe destacar também que 100% da nossa tropa é treinada e atualizada para atendimento às questões relacionadas ao tema e, principalmente, no acolhimento à vítima”, concluiu.