Meu aniverso

Aqui, “ANIVERSO” soa como um belo neologismo poético, onde palavras novas, servem para dar voz a novas e muitas realidades. E nesta nova realidade sou poeta: A MINHA IDADE SE MEDE EM VERSOS
Fotos: Arquivo Pessoal

Lendo Mia Couto e Guimarães Rosa, passei a gostar do neologismo, inventando palavras para que digam coisas que nenhuma outra diz, preenchendo lacunas na linguagem e dando expressão a sentimentos e conceitos específicos das nossas experiências.

Aqui, “ANIVERSO” soa como um belo neologismo poético, onde palavras novas, servem para dar voz a novas e muitas realidades.

E nesta nova realidade sou poeta: A MINHA IDADE SE MEDE EM VERSOS.


Não meço a minha idade em números, mas em instantes — no perfume das manhãs, nos abraços guardados, nos sonhos, nos sorrisos, nas lembranças, nas saudades, nas brincadeiras, que ainda me visitam com a inocência de criança.

Memória guardada: a filha Nah escreveu este poema para Milton aos 9 anos.

Porque cada ano que passa não é apenas tempo, é poesia.

No ANIVERSO, celebro o encontro entre o tempo e o verso, onde a vida não se conta em números, mas em palavras.

Ele nasce da fusão de aniversário com universo e verso.

Significa também o infinito que cabe dentro de uma data, que se celebra em mais um ano.

Ainda traz uma musicalidade de “verso”, sugerindo que cada aniversário é também um novo poema inscrito no tempo.

ANIVERSO não é apenas o dia em que se nasce, é também o verso que se soma à poesia da existência.

Neste 03 de setembro, celebro não apenas mais um ano de vida. Não é apenas data, é memória, é o rastro de um poeta que insiste em iluminar os dias.

Nos anais desta coluna, deixo gravado: nasci para ser verso neste universo, e cada aniversário é um poema em construção.

O calendário pode dizer que o tempo corre, mas aprendi que ele também dança.

E hoje danço com ele: celebro as marcas no rosto que são raízes de histórias, celebro os sorrisos que se multiplicaram, celebro até as lágrimas, pois foram elas que regaram a flor da esperança.

Assim, este registro não é um marco de fim ou começo, mas de continuidade, de travessia em versos.

E que fique escrito aqui: neste aniversário, agradeço em versos a vida como quem agradece um presente divino.

No meu ANIVERSO
sou viajante e poeta,
celebrando a vida que pulsa,
na eternidade de um instante”.

Não conto os anos no calendário,
nem no rosto que o tempo insiste em conservar.
Minha “juventude” é feita de versos,
minha mente respira no ritmo de um poema.