A confiança é um dos principais ativos de qualquer governo no campo econômico. Sem ela, mesmo medidas estruturalmente corretas tendem a ser recebidas com ceticismo ou rejeição pelos agentes de mercado. O Brasil, nas últimas décadas, tem vivido diferentes ciclos políticos em que a percepção de previsibilidade e responsabilidade fiscal foi fator determinante para atrair investimentos, sustentar o crescimento e ampliar as condições de bem-estar social.
No cenário atual, observa-se um desgaste significativo da credibilidade governamental. Ainda que algumas iniciativas apresentem coerência técnica, o ambiente de desconfiança limita sua eficácia, criando um efeito de círculo vicioso: políticas não encontram respaldo, o mercado reage negativamente, e a população sente de forma imediata os impactos, seja pela retração de investimentos privados, seja pela redução das oportunidades de ascensão social.
Esse quadro atinge diferentes segmentos de maneira distinta, mas igualmente nociva. Grandes empresários, responsáveis por investimentos de vulto e geração de empregos em larga escala, retraem-se diante da insegurança institucional e regulatória. Ao mesmo tempo, famílias de baixa renda, dependentes de programas de transferência, enfrentam um ambiente em que as perspectivas de emancipação econômica se tornam cada vez mais remotas. O resultado é uma sociedade que se move em círculos, sem alcançar a necessária mobilidade social.
Do ponto de vista estrutural, o modelo vigente mostra sinais claros de esgotamento. A insistência em práticas que já não produzem resultados concretos aprofunda a sensação de estagnação. O país demanda, portanto, uma revisão de estratégias, com foco em previsibilidade fiscal, segurança jurídica, estímulo à produtividade e políticas sociais que, além da assistência, favoreçam a transição para a autonomia financeira.
Em síntese, a falta de confiança não é apenas um problema de mercado: é um entrave ao desenvolvimento nacional. Romper esse ciclo exige mais do que medidas pontuais; requer a reconstrução de um pacto de credibilidade entre governo, setor produtivo e sociedade.
Portanto, não há necessidade desse embate odioso, até porque a expectativa da população brasileira é exatamente essa, inclusive com um movimento já estabelecido. Basta a “nova política, atender o anseio popular