Novo teste do SUS promete diagnóstico precoce do câncer de colo do útero

O método identifica 14 tipos do vírus, permitindo a detecção antes do surgimento de lesões ou do avanço da doença, inclusive em pacientes sem sintomas. Com maior precisão diagnóstica, o exame reduz a necessidade de coletas frequentes, podendo ser repetido a cada cinco anos quando o resultado for negativo.

A partir desta sexta-feira (15), o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a disponibilizar o exame de biologia molecular DNA-HPV, considerado mais eficaz para identificar o papilomavírus humano e prevenir o câncer do colo do útero.

O método identifica 14 tipos do vírus, permitindo a detecção antes do surgimento de lesões ou do avanço da doença, inclusive em pacientes sem sintomas. Com maior precisão diagnóstica, o exame reduz a necessidade de coletas frequentes, podendo ser repetido a cada cinco anos quando o resultado for negativo.

Produzida pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, ligado à Fiocruz, a tecnologia substituirá gradualmente o papanicolau, que será usado apenas para confirmar casos positivos. A coleta é semelhante ao método tradicional, mas a amostra é preservada em tubo com solução específica para análise laboratorial.


O exame começa a ser oferecido em cidades de 12 estados e no Distrito Federal, em unidades que contam com estrutura para atendimento de casos alterados. A expectativa do Ministério da Saúde é ampliar a cobertura para todo o país até dezembro de 2026, beneficiando cerca de 7 milhões de mulheres de 25 a 64 anos por ano.

O HPV é o principal causador do câncer do colo do útero, terceiro mais comum entre as brasileiras, com cerca de 17 mil novos diagnósticos anuais. Segundo o Inca, a doença mata 20 mulheres por dia no Brasil, com maior impacto no Nordeste. A Organização Mundial da Saúde recomenda a testagem como parte da estratégia global para eliminar a enfermidade como problema de saúde pública até 2030.