Adolescente confessa ter matado a prima de 4 anos por vingança, em Minas Gerais

A criança foi retirada de casa durante a madrugada, enquanto dormia, e levada até o quarto do suspeito. Segundo o depoimento, a menina acordou durante a ação e começou a gritar. O adolescente, então, teria tapado sua boca e desferido diversos golpes com a tesoura. Após constatar a morte, ele enrolou o corpo em uma blusa e o abandonou em uma área de mata, tentando incendiá-lo sem sucesso

A Polícia Civil confirmou que a menina Helena Victoria de Oliveira Silva, de 4 anos, foi morta por asfixia em Barbacena, na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais. O crime, ocorrido no último domingo (3), foi cometido pelo próprio primo da criança, um adolescente de 16 anos, que confessou o homicídio.

De acordo com a delegada Vanessa Toledo, responsável pela investigação, o suspeito usou uma tesoura para golpear a menina e alegou, em depoimento, que o assassinato foi motivado por vingança contra o pai da vítima, que supostamente cometia bullying contra ele. O jovem afirmou à polícia que planejava o crime há cerca de três meses.

A criança foi retirada de casa durante a madrugada, enquanto dormia, e levada até o quarto do suspeito. Segundo o depoimento, a menina acordou durante a ação e começou a gritar. O adolescente, então, teria tapado sua boca e desferido diversos golpes com a tesoura. Após constatar a morte, ele enrolou o corpo em uma blusa e o abandonou em uma área de mata, tentando incendiá-lo sem sucesso.


O crime aconteceu na Rua Maria Aparecida Resende, no bairro Nova Suíça. A Polícia Civil foi acionada pela manhã e, ao chegar ao local, realizou perícia e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal, onde foi constatada a causa da morte por asfixia, além de múltiplas lesões.

O suspeito foi apreendido e encaminhado para uma unidade socioeducativa próxima à cidade, onde permanecerá à disposição da Justiça. Familiares da vítima e do adolescente estão sendo ouvidos durante as investigações.

População consternada

Moradores de Barbacena, cidade com cerca de 130 mil habitantes, estão em choque com a brutalidade do crime. Talita Alves, vizinha da família, contou que auxiliou a polícia na localização do corpo. “Acordei durante a noite diversas vezes. A gente vê notícias parecidas, mas nunca espera que vá acontecer tão perto”, disse.

O comerciante Felipe Campos, pai de duas crianças pequenas, relatou o sentimento de insegurança. “É inimaginável. Muito triste.”

Já o empresário Anselmo Castanon, cuja família convivia com a vítima, revelou preocupação com os filhos. “Meus filhos pegavam a mesma van escolar que a Helena. Víamos ela todo dia. É muito doloroso”, lamentou.

A Polícia Civil segue com as apurações e não descarta novas diligências ao longo da semana.