Três homens, com idades de 35, 41 e 60 anos, foram presos pela Polícia Civil de Minas Gerais suspeitos de envolvimento em um roubo milionário ocorrido em uma fazenda em Várzea da Palma, no Norte do estado. A carga subtraída — 120 toneladas de café beneficiado — está avaliada em cerca de R$ 4 milhões e foi levada por uma organização criminosa especializada em ataques ao setor rural.
Bloqueio de bens e veículos
A PCMG também obteve, junto à Justiça, o bloqueio de R$ 1,3 milhão em contas bancárias ligadas aos suspeitos. Além disso, cerca de 40 veículos — entre carretas, caminhonetes e semirreboques — foram alvos de restrições judiciais. Estimados em R$ 8 milhões, os bens podem ser utilizados para ressarcir o prejuízo causado à vítima, conforme previsto na legislação processual penal.

Operação e prisões em duas cidades
As prisões ocorreram nos dias 22 e 24 de julho, nas cidades de Paracatu, no Noroeste de Minas, e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. Em Paracatu, foram detidos pai e filho. O homem de 60 anos é suspeito de oferecer suporte logístico à quadrilha usando sua empresa de transporte para dar aparência legal à movimentação da carga. Já o filho, de 35 anos, teria participado diretamente do roubo e da condução de uma das carretas.
O terceiro preso, de 41 anos, foi localizado em Tupaciguara e é investigado por atuar no transporte do café e na execução da ação criminosa.
Roubo com uso de armamento pesado
De acordo com o delegado João Victor Leite, responsável pela investigação, o crime foi realizado com extrema violência. Cerca de 15 criminosos, fortemente armados — incluindo fuzis —, invadiram a propriedade rural, renderam oito funcionários, cortaram o acesso à internet e utilizaram drones e rádios comunicadores para coordenar a ação.
Três carretas foram usadas para transportar, clandestinamente, a carga de café.

Carga parcialmente recuperada
A Polícia Civil conseguiu recuperar parte do café roubado. Segundo o delegado, 50 toneladas da carga foram localizadas em Coromandel, no Alto Paranaíba, além da apreensão de duas carretas utilizadas no crime.
Investigações continuam
As investigações seguem em andamento com o objetivo de identificar e prender outros integrantes da organização criminosa. A apuração está sendo conduzida pela Delegacia Especializada em Investigação e Repressão a Crimes Rurais, vinculada ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).
A operação contou com apoio das delegacias de Pirapora, Buritizeiro, Paracatu e Tupaciguara.