O Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025, após anos de esforço conjunto entre políticas públicas, programas sociais e ações voltadas à segurança alimentar. A nova classificação foi anunciada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e representa um marco significativo na luta contra a fome no país.
O Mapa da Fome reúne países onde mais de 2,5% da população vive em situação de subalimentação crônica. A presença do Brasil nesse grupo, a partir de 2021, acendeu um alerta global, especialmente por se tratar de uma das maiores economias do mundo e referência histórica no combate à pobreza nos anos 2000.
Agora, o país volta a ocupar uma posição fora da zona crítica, o que significa que menos de 2,5% da população brasileira enfrenta a fome de forma contínua e severa. A conquista é reflexo de ações como a ampliação do acesso à alimentação básica, fortalecimento de programas de transferência de renda, incentivo à agricultura familiar e retomada de políticas de combate à desigualdade social.
A importância da alimentação como direito básico
De acordo com especialistas em segurança alimentar, sair do Mapa da Fome não significa o fim da insegurança alimentar no Brasil, mas sim um avanço importante na redução da fome extrema. Dados recentes apontam que, embora o número de brasileiros em situação de fome tenha diminuído, milhões ainda enfrentam algum grau de dificuldade para garantir uma alimentação adequada todos os dias.
Além disso, a reestruturação de estoques públicos de alimentos, a valorização do salário mínimo e a atuação de redes comunitárias de apoio contribuíram para melhorar o cenário, especialmente nas regiões mais vulneráveis do país.
Histórico e desafios futuros
O Brasil havia deixado o Mapa da Fome pela primeira vez em 2014, mas voltou à lista poucos anos depois, em meio ao agravamento da crise econômica, aumento da desigualdade e descontinuidade de políticas públicas. A volta ao grupo de países com menos fome é uma sinalização positiva, mas especialistas alertam para a necessidade de manter esforços permanentes e sustentáveis.
Garantir segurança alimentar plena requer a continuidade de políticas inclusivas, investimento em educação alimentar, acesso a alimentos saudáveis e combate à pobreza estrutural.
Um passo adiante, mas não o destino final
Sair do Mapa da Fome é uma conquista coletiva, que envolve governos, sociedade civil, setor privado e organizações internacionais. No entanto, o objetivo final é assegurar que todos os brasileiros tenham direito à alimentação digna, nutritiva e suficiente, independentemente de sua renda ou localização.
A meta, agora, é transformar esse avanço em base sólida para um país mais justo, onde a fome seja não apenas combatida, mas definitivamente erradicada.