A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (24), um mandado de busca e apreensão na residência de uma mulher de 39 anos, investigada por aplicar um golpe financeiro contra uma idosa em Montes Claros, no Norte de Minas. A ação integra uma investigação que apura crimes de estelionato e associação criminosa, que teriam causado um prejuízo estimado em R$ 300 mil à vítima.
Durante as diligências, foram apreendidos dois aparelhos celulares que serão submetidos à análise para identificar outros integrantes do grupo criminoso. A polícia também solicitou o bloqueio judicial de valores equivalentes ao montante subtraído, além da quebra de sigilos telefônico e telemático dos investigados.
Como funcionava o golpe
De acordo com a apuração policial, os criminosos entraram em contato com a vítima por telefone. Um dos envolvidos se passou por gerente de segurança de um banco e afirmou que a conta da idosa estava sendo alvo de fraudes e acessos indevidos. Com esse argumento, a convenceu a realizar transferências bancárias para contas supostamente seguras, que somaram aproximadamente R$ 285 mil.
Além disso, uma mulher, também envolvida no esquema, foi até a casa da vítima fingindo ser funcionária da instituição financeira e recolheu joias avaliadas em R$ 15 mil, elevando o prejuízo total para cerca de R$ 300 mil.
Alerta à população
O delegado Cézar Salgueiro, responsável pelo caso, fez um alerta sobre esse tipo de crime, que tem se tornado cada vez mais comum. “Golpistas têm se aproveitado da boa-fé, especialmente de pessoas idosas, usando argumentos falsos e identidades forjadas para obter vantagens financeiras. É fundamental que a população desconfie de ligações com esse tipo de abordagem e procure sempre confirmar a veracidade dos contatos diretamente com os bancos ou pelos canais oficiais”, afirmou.
As investigações seguem em andamento para identificar e responsabilizar todos os envolvidos no crime.