O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta semana, por meio de publicação no X (antigo Twitter), o aumento de 30% no teto do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para os cursos de Medicina. O valor máximo por semestre, que era de R$ 60 mil, passará a ser de R$ 78 mil.
Segundo Santana, a medida deve beneficiar a maioria dos cursos de Medicina oferecidos no país. “Com esse novo teto, 85% das graduações em Medicina no Brasil estão contempladas”, afirmou. Ele ainda destacou que os estudantes enquadrados no Fies Social continuarão tendo direito à cobertura de 100% do valor do curso, inclusive em Medicina.
O Fies é um programa do governo federal que financia cursos superiores em instituições privadas. Funciona como um empréstimo, que é pago pelo estudante após a conclusão da graduação, em parcelas ajustadas conforme a renda. O valor do financiamento é repassado diretamente à faculdade, e o aluno não recebe o recurso em mãos.
As inscrições para o processo seletivo do Fies 2025.5 foram encerradas em 18 de julho. Ao todo, são ofertadas 74.500 vagas para o segundo semestre em faculdades particulares. Desse total, 50% são reservadas para o Fies Social, modalidade voltada a estudantes de baixa renda, com condições mais acessíveis de financiamento.
Quem pode se inscrever no Fies?
Para disputar uma vaga no Fies, o candidato deve atender aos seguintes critérios:
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Ter participado de qualquer edição do Enem a partir de 2010;
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Ter alcançado média igual ou superior a 450 pontos nas provas objetivas e nota acima de zero na redação;
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Ter renda familiar bruta mensal por pessoa de até três salários mínimos (R$ 4.554).
A ampliação do teto para cursos de Medicina é vista como uma medida importante para facilitar o acesso de estudantes à formação médica, que tem os custos mais elevados entre as graduações privadas no país.