Mortes violentas aumentam em Minas Gerais pelo terceiro ano seguido

Pelo terceiro ano consecutivo, Minas Gerais registrou crescimento no número de mortes violentas, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quarta-feira (24). Embora os números tenham subido, o estado ainda apresenta uma das menores taxas do país.
Imagem: Internet
Pelo terceiro ano consecutivo, Minas Gerais registrou crescimento no número de mortes violentas, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quarta-feira (24). Embora os números tenham subido, o estado ainda apresenta uma das menores taxas do país.
Após um período de queda entre 2014 e 2021 — quando a taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes caiu de 21,7 para 11,9 —, os registros voltaram a crescer. Em 2022, a taxa foi de 13,9; em 2023, subiu para 14,4; e, em 2024, chegou a 15,1, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior.
O relatório aponta que esse avanço foi impulsionado principalmente por homicídios dolosos (com intenção de matar) e mortes resultantes de intervenções policiais.
Minas ainda está entre os estados menos violentos
Mesmo com a elevação, Minas Gerais continua sendo um dos estados com menor índice de violência letal no país. Em 2024, a taxa mineira de 15,1 mortes violentas por 100 mil habitantes ficou abaixo da média nacional, que foi de 20,8.
Somente quatro unidades federativas apresentaram números inferiores aos de Minas: São Paulo (8,2), Santa Catarina (8,5), Distrito Federal (8,9) e Rio Grande do Sul (15,0).
Já os estados com os maiores índices foram Amapá (45,1), Bahia (40,6) e Ceará (37,5).
Principais causas da alta
A análise do anuário destaca dois fatores como os principais responsáveis pelo aumento em Minas Gerais:
• Os homicídios dolosos, que voltaram a crescer após anos de retração;
• As mortes em ações policiais, que têm gerado preocupação entre especialistas e organizações de direitos humanos.
Desafios para os próximos anos
Apesar de Minas manter uma posição relativamente segura no cenário nacional, o crescimento constante acende um alerta para as autoridades de segurança pública. A retomada de políticas preventivas e ações integradas entre as forças de segurança e a sociedade civil será fundamental para conter a escalada da violência.