A Polícia Militar de Minas Gerais iniciou nesta terça-feira (23) a operação “Linha Segura”, com foco na repressão ao uso de cerol e linhas chilenas durante o período de férias escolares. A ação será realizada em todo o estado e tem como objetivo prevenir acidentes, especialmente envolvendo motociclistas, ciclistas e pedestres.
De acordo com a corporação, o uso de linhas cortantes em pipas representa um grave risco à vida e à integridade física das pessoas, além de causar danos a veículos e à rede elétrica. O problema costuma se intensificar nos meses de julho e dezembro, quando aumenta o número de crianças e adolescentes empinando pipas em áreas urbanas e rurais.
A operação contará com apoio do Policiamento Ostensivo Geral (POG), do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e de unidades em todo o território mineiro. Equipes serão mobilizadas para fiscalizar ruas, rodovias e espaços públicos, com o objetivo de apreender materiais proibidos e responsabilizar quem descumprir a legislação.
A Lei Estadual nº 23.515, em vigor desde 2019, proíbe a fabricação, venda e uso de linhas cortantes em Minas Gerais. Quem for flagrado com cerol ou linha chilena poderá responder por crime de perigo à vida ou à saúde de terceiros, além de ter o material apreendido e pagar multa.
O porta-voz da PMMG, capitão Rafael Veríssimo, destacou que a operação busca não apenas a repressão, mas também a conscientização da população. Ele reforçou que a colaboração dos cidadãos é fundamental, por meio de denúncias e do diálogo com crianças e adolescentes sobre os riscos do uso dessas linhas.
A Polícia Militar orienta que, ao perceber qualquer situação envolvendo o uso de cerol, a população acione imediatamente as autoridades pelos canais oficiais. O objetivo é garantir a segurança de todos e evitar tragédias causadas por uma prática que, embora comum, pode ser extremamente perigosa.
