Por cerca de uma hora, estive conversando e trocando experiência com este patrimônio religioso e social da nossa Januária e região, eterno parceiro do saudoso Padre Afonso. A sabedoria de um missionário da congregação Sagrada Família nos dias atuais da vida cristã januarense. Com 84 anos e mais de 50 dedicados à vida religiosa, com votos de pobreza, não tem sequer conta bancária.

Natural da Alemanha, aos 27 anos, em 27 de dezembro de 1967, chegou à Januária iniciando, desde então, uma das mais relevantes trajetórias religiosas e sociais. De navio saiu de Gênova, na Itália, aportando no Rio de Janeiro, no final de novembro de 67, com dificuldades ao idioma, enfrentando a alta temperatura carioca, aprendeu logo a palavra “cerveja”, com um sorriso relembrou desta estratégia de amenizar o calor.
No início deste milênio, recebeu merecido reconhecimento da Câmara de Vereadores, concedendo-lhe o título de “Cidadão Januarense”. Entre tantos feitos, pela inclusão social, construiu por conta própria, um conjunto de casas populares na comunidade de Riacho de Novo, no distrito de Riacho Novo.
Uma história de vida dedicada à religiosidade e ao semelhante, sempre com um olhar especial às camadas mais carentes de Januária e região.