Câncer colorretal: doença silenciosa que tirou a vida de Preta Gil é uma das mais comuns no Brasil

A artista enfrentava a doença desde 2023 e chegou a passar por cirurgia e tratamentos intensivos, mas acabou falecendo em julho de 2025, após complicações causadas por uma recidiva. O caso reacendeu o alerta para uma das doenças mais frequentes no país.
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O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, voltou ao centro das atenções após a morte da cantora Preta Gil. A artista enfrentava a doença desde 2023 e chegou a passar por cirurgia e tratamentos intensivos, mas acabou falecendo em julho de 2025, após complicações causadas por uma recidiva. O caso reacendeu o alerta para uma das doenças mais frequentes no país.
Uma das maiores incidências entre os brasileiros
Esse tipo de câncer é o terceiro mais comum no Brasil, atrás apenas dos tumores de mama e próstata. Estima-se que cerca de 45 mil novos casos sejam diagnosticados a cada ano. A maior concentração ocorre nas regiões Sul e Sudeste, onde os números são ainda mais expressivos, tanto entre homens quanto mulheres.
O câncer colorretal se forma na parte final do sistema digestivo, afetando o intestino grosso e o reto. Quando diagnosticado precocemente, tem grandes chances de cura — por isso, o rastreamento e os exames de rotina são fundamentais.
Fatores de risco e comportamento
Especialistas afirmam que a maioria dos casos está relacionada a fatores evitáveis. Hábitos como má alimentação, sedentarismo, consumo excessivo de álcool, tabagismo e obesidade aumentam significativamente o risco. Dietas com baixo consumo de fibras e ricas em carnes processadas também estão associadas ao desenvolvimento da doença.
Além disso, a incidência da doença tem crescido entre adultos mais jovens, o que preocupa as autoridades de saúde. Projeções indicam que, até 2030, as mortes causadas por esse tipo de câncer em pessoas entre 30 e 69 anos devem aumentar.
Sinais de alerta
Apesar de ser uma doença que pode evoluir de forma silenciosa, alguns sintomas podem servir como alerta. Os principais são:
• Sangue nas fezes (vermelho vivo ou escurecido);
• Mudança no hábito intestinal (prisão de ventre ou diarreia frequentes);
• Sensação de evacuação incompleta;
• Dores abdominais persistentes;
• Perda de peso sem causa aparente;
• Fadiga ou sinais de anemia.
Ao notar qualquer desses sintomas, é fundamental procurar atendimento médico para investigação.
Prevenção e diagnóstico precoce
A principal ferramenta de prevenção é a colonoscopia, exame que permite visualizar o interior do intestino e remover lesões suspeitas, como pólipos, antes que se tornem tumores malignos. A recomendação é que o exame seja feito, de forma periódica, a partir dos 45 ou 50 anos — ou antes, caso haja histórico familiar da doença.
Além dos exames, manter uma rotina saudável é essencial: alimentação balanceada, prática regular de atividade física e evitar o consumo de substâncias nocivas são atitudes que reduzem significativamente o risco de desenvolver o câncer colorretal.