Mulher e filha são mantidas em cárcere por dois dias e conseguem pedir socorro com bilhete jogado pela janela

Uma mulher de 52 anos e sua mãe, de 88, foram mantidas em cárcere privado por dois dias em um apartamento em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O caso só foi descoberto porque a filha escreveu um bilhete pedindo socorro e o jogou pela janela. Um vizinho encontrou o papel e acionou a Polícia Militar.
Imagem: Reprodução

Uma mulher de 52 anos e sua mãe, de 88, foram mantidas em cárcere privado por dois dias em um apartamento em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O caso só foi descoberto porque a filha escreveu um bilhete pedindo socorro e o jogou pela janela. Um vizinho encontrou o papel e acionou a Polícia Militar.

O suspeito, um homem de 36 anos, foi preso em flagrante. Ele teria invadido o apartamento da família na última quinta-feira (10), quando a filha saiu para comprar remédios e esqueceu a porta destrancada. Segundo a polícia, o homem trancou as duas no quarto e usou correntes, cadeados, fita adesiva e abraçadeiras plásticas para impedir que saíssem.

Em um dos bilhetes lançados pela janela, a vítima escreveu:
“Estamos em cárcere privado desde quinta pela manhã. Eu e minha mãe. Por favor, avisem a polícia. Se possível, entrem pela sacada. Obrigada!”


O vizinho que encontrou o pedido de socorro imediatamente avisou a administração do condomínio e chamou a PM. Quando os policiais chegaram, encontraram as duas mulheres presas e assustadas dentro do apartamento. O suspeito tentou fugir pulando para o imóvel vizinho, mas foi contido por moradores até a chegada dos agentes.

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Durante a prisão, a polícia apreendeu dinheiro, ferramentas e os materiais usados para prender as vítimas, como fitas e abraçadeiras. Segundo as investigações, o homem já havia morado no prédio e conhecia a rotina da família.

Em depoimento, ele alegou estar enfrentando dificuldades financeiras e ter perdido o emprego. Ainda assim, admitiu que nada justificava o que fez. “Entrei em desespero. Perdi o controle. Sei que não tem perdão. Não sei nem o que falar”, disse à polícia.

As vítimas foram encaminhadas ao hospital com ferimentos leves e depois prestaram depoimento. A prisão em flagrante do homem foi convertida para preventiva, e ele seguirá detido enquanto o caso é investigado pela Polícia Civil.