Uma moradora de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, denunciou ter sofrido queimaduras nas córneas e perda temporária da visão após utilizar um produto cosmético da marca WePink, conhecida por ser fundada pela influenciadora Virginia Fonseca. O caso chamou atenção nas redes sociais e vem levantando questionamentos sobre a segurança de produtos voltados para a região dos olhos.
De acordo com o relato da consumidora, identificado apenas como Lidiane, o episódio ocorreu após a aplicação de um sérum para crescimento de cílios e sobrancelhas, usado por ela durante a noite. Na manhã seguinte, ao acordar, ela relatou forte ardência, visão embaçada e dificuldade para manter os olhos abertos. Apesar de lavar a região com água e soro fisiológico, os sintomas persistiram.
Procurando atendimento médico, Lidiane foi diagnosticada com queimaduras nas córneas e precisou iniciar um tratamento com colírios específicos, incluindo antibióticos e lubrificantes oculares. Ela também foi orientada a permanecer em repouso, longe da luz, por tempo indeterminado. A situação impactou sua rotina, resultando em afastamento do trabalho e dificuldades no dia a dia.
A repercussão do caso gerou manifestações de outras consumidoras que alegam ter enfrentado reações semelhantes após o uso do mesmo produto, com sintomas como coceira, inchaço, vermelhidão, sensibilidade à luz e infecções oculares. Alguns desses relatos indicam uso contínuo do cosmético antes do surgimento dos problemas.
Diante da polêmica, a marca WePink informou que entrou em contato com a consumidora, oferecendo análise técnica gratuita do produto. Segundo a empresa, é necessário que o item seja encaminhado para avaliação laboratorial antes que providências mais conclusivas possam ser tomadas. Até o momento, a empresa não divulgou os resultados de nenhuma investigação interna nem comunicou possíveis lotes comprometidos.
O caso acende um alerta sobre o uso de cosméticos em regiões sensíveis do corpo, especialmente próximo aos olhos. Especialistas reforçam a importância de que esses produtos passem por testes oftalmológicos rigorosos, e orientam os consumidores a interromperem imediatamente o uso diante de qualquer reação adversa.
A família de Lidiane avalia entrar com uma ação judicial, buscando responsabilização da empresa e reparação pelos danos físicos e emocionais causados. Enquanto isso, cresce a mobilização nas redes sociais de consumidores em busca de esclarecimentos e medidas mais transparentes por parte da marca.