Dedico ao médico e deputado Dr. Péricles, “in memoriam” como uma homenagem e lembrança, expressando meu respeito, carinho e reconhecimento por sua memória e legado…
Eu venho da poesia. O meu primeiro livro, “Mil Tonalidades”, é um conjunto de poemas, que me inspirou o nome do “Programa da Rádio Difusora de Salinas.
Comecei, portanto, por escrever poesia e depois penso que nunca deixei de ser poeta no sentido de traduzir o sentido mágico da palavra e, ainda hoje, considero que estou escrevendo histórias e colunas de forma poética.
Também creio que a poesia pode ajudar nesse trabalho que eu faço para o WebTerra.
Porque a realidade que eu quero revelar é algo que só pode ser contada através de uma certa mágica que há entre o verso e a prosa, a escrita e a oralidade.
Portanto começo a escrever esta coluna em poesia.
Fui pioneiro no ar de Salinas,
levei minha voz pelas esquinas,
quando o rádio era sonho e bravura,
foi locutor com muito amor e ternura.
No peito batia esperança,
na antena espalhava a confiança,
primeiros sons nessa terra querida,
fui semente de voz e de vida.
Das colinas e serras ecoava meu som,
o programa era Mil Tonalidades,
cheio de alegria e tom,
fui abrindo caminho e fazendo travessia,
na Rádio Difusora, minha alma cheia de alegria.
Hoje, a cidade recorda orgulhosa,
essa história simples, grandiosa,
Salinas me viu começar,
na rádio, aprendi a sonhar.
E aí a informação nunca mais parou de chegar, e eu já comunicava na Rádio Difusora de Salinas juntamente com Paula Miranda , Dico, Israel, Osvaldo, Lúcio, e tantos outros, de forma eficaz, e mais do que habilidade, naquela época já era uma necessidade aqui em Salinas.
Eu trabalhava com comunicação, sabia contar histórias que prendiam a atenção do ouvinte, apresentava dados de um jeito fácil de entender e construia conexões de verdade com o público é o que fazia a diferença do Programa Mil Tonalidades.
Eu sempre procurei ser claro e conciso e isso dava um certo superpoder ao programa Mil Tomalidades.
Aos poucos fui desenvolvendo um método prático que capturava a atenção do público e transmitia mensagens de forma eficaz.
A comunicação pra mesmo naquela época ia muito além de simplesmente divulgar uma mensagem; tratava de construir e liderar comunidades.
A Rádio era tipo uma tribo e uma obra inspiradora que mostrava como a gente unia um grupo em torno de uma ideia ou propósito.
Eu por exemplo não só criava conteúdo para meu programa, mas contava a história da marca da empresa que me patrocinava, de forma bem autêntica. Isso fazia com que tinha muitos patrocinadores. Uma vez que além do salário mensal, nós tínhamos participação nos anúncios.
Termino minha coluna com uma reflexão: cada leitura de uma coluna aqui no webterra é uma oportunidade de ampliar horizontes, questionar certezas e descobrir novas formas de pensar e sentir.