Quando vislumbramos e nos deparamos com tantas tragédias em nosso país e no mundo ficamos inevitavelmente estarrecidos!
E nos perguntamos, como o ser humano é capaz de tantas atrocidades? O ideal seria que assim como o próprio Jesus nos ensinou, que “amássemos uns aos outros!”
Lado outro, é perceptível que não temos um mundo uníssono em ideais, em sonhos, em busca de caminhos harmônicos
Valores invertidos
Constatamos que há divisões de pensamentos que não somente nos diferenciam na forma de pensar, mas na forma de agir e de enxergar o outro.
E não temos a ínfima dimensão que esse outro é de certo o nosso semelhante, é o nosso próximo! Porque então não operarmos nesse entendimento?!
O que se destaca também, ainda que não seja a maioria, é que estamos cada vez mais formando mal as nossas famílias.
Estamos em um oceano de valores invertidos em que infelizmente ainda encontramos pessoas egocêntricas, individualistas e cruéis.
Então, qual é o caminho?
De fato, é compreendido que uma nação não se faz somente com o estado, com as autoridades, com entidades e instituições diversas.
Todavia é mais do que inequívoco que a principal instituição em meio a sociedade é seguramente a família.
Contudo, ainda não rogamos o devido valor à formação familiar.
Ao que continuamente nos é apresentado, consiste em que o seio familiar está desamparado.
Sem programar
Os pais inequivocamente formam famílias sem a mínima noção de uma concepção para desenvolvê-la.
Isto é, por vezes, é anunciado em alguns meios sociais em razão de que até os namorados, do mesmo modo despreparados se enveredam na vida íntima.
Isto é, antes mesmo de terminarem os estudos no ensino médio e de possuírem amadurecimento para lidar com o próximo.
O resultado disso, igualmente, são pessoas frustradas que se veem imediatamente na responsabilidade de cuidar de um filho que não era anunciado naquele momento.
E então as etapas que deveriam ser vivenciadas com gradação e compartimentadas são a fórceps investidas.
Quem poderá fazer algo por um casal no início da juventude, sem perspectivas de futuro e que terá de prover alimentos para eles mesmos e mais um ser humano que está no mundo?
Esse casal, quando vivia somente com os pais de origem, é bem provável que não desenvolviam tarefa alguma em seu ambiente familiar.
Agora, estão obrigados a trabalhar fora de casa para sustentarem a embrionária família e mais um filho.
Aos trancos e barrancos
Ainda assim, não quer dizer que se uma família é formada “aos trancos e barrancos” que daí para frente tudo vai ser tortuoso.
O que todos precisamos, antes disso, é voltarmos um pouco mais a atenção para esse mundo que não valoramos.
Esse universo que apenas enxergamos com preconceito, quando poderíamos fazer muito mais para ajudar na formação da criança e mesmo a uma família nesse estado.
A culpa, então, de tantas tragédias não é somente de uma instituição social que ocupa comunidade. Todos nós podemos ser parte nisso.
Isso também é responsabilidade de cada um de nós.
Com os meios que tivermos para instruir, orientar, ajudar, para que crianças, estudantes e filhos sejam mais bem preparados, não só em conhecimento.
Mais do que informação é imprescindível sabedoria, é indispensável a percepção do outro como um ser de valor e que merece a nossa deferência.
Muita vida ao redor
Mais do que senso comum ou apenas noções científicas é imperativo o desenvolvimento de inteligência emocional.
Quantos de nós não fazemos a menor questão de tratar com consideração nem mesmo quem está ao nosso lado, ou o irmão que passa por nós perante as vias de trânsito e os semáforos da vida?!
Que a luz originariamente amarela nos chame a atenção e também na vida possa ser verde em nossos caminhos.
E, além disso, que se torne a esperança e a ação para o bem de cada um de nós e, sobretudo, de nossas famílias.