Brasileira caída em vulcão ativo na Indonésia; buscas estão interrompidas

A turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, está desaparecida desde sábado (21) após sofrer um acidente durante uma trilha no Mount Rinjani, um vulcão ativo localizado na ilha de Lombok, na Indonésia. Juliana teria caído de um penhasco às margens da cratera, segundo informações das equipes locais de busca e salvamento.
Imagem: Reprodução redes sociais

A turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, está desaparecida desde sábado (21) após sofrer um acidente durante uma trilha no Mount Rinjani, um vulcão ativo localizado na ilha de Lombok, na Indonésia. Juliana teria caído de um penhasco às margens da cratera, segundo informações das equipes locais de busca e salvamento.

O acidente e as buscas

Juliana fazia uma trilha até o topo do Mount Rinjani, que tem 3.726 metros de altitude e é um dos destinos mais procurados por aventureiros na Indonésia. Durante o percurso, ela teria se desequilibrado e caído em uma região remota da caldeira, a cerca de 500 metros de profundidade, em uma área de difícil acesso. Drones localizaram a brasileira no local, onde ela recebeu alimentos e água, mas o resgate ainda não foi concluído devido às condições adversas.


As equipes de resgate enfrentam grandes desafios para acessar Juliana, pois o terreno é extremamente íngreme, com saliências rochosas que impedem o uso de cordas para rapel, além da presença de neblina densa que dificulta a visibilidade. O mau tempo e a instabilidade climática interromperam temporariamente as operações, agravando ainda mais a situação.

Características do Mount Rinjani

O Mount Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e um dos mais ativos do país. Sua caldeira abriga o lago Segara Anak, rodeado por paredões rochosos e penhascos perigosos. A trilha até o cume, embora atraia centenas de turistas mensalmente, especialmente durante a temporada seca entre abril e novembro, é reconhecida por sua dificuldade e riscos naturais, como deslizamentos e quedas.

 

Imagens feitas por turistas registraram a situação de Juliana • Arquivo pessoal

 

Acompanhamento e apoio do governo brasileiro

O Itamaraty e a Embaixada do Brasil em Jacarta estão acompanhando o caso de perto, mantendo contato constante com as autoridades indonésias e oferecendo suporte à família de Juliana. A embaixada mobilizou as equipes locais assim que recebeu o alerta e tem colaborado para a coordenação das operações de resgate e para a comunicação entre a família e a operadora de turismo responsável pela trilha.

Repercussão e mobilização nas redes sociais

A família criou uma conta no Instagram para divulgar atualizações sobre o resgate, que já conta com mais de 400 mil seguidores. A rede social tem sido usada para compartilhar mensagens de apoio e também para pressionar as autoridades locais por ações mais efetivas e rápidas.

Quem é Juliana Marins

Juliana estava viajando sozinha pela Ásia desde fevereiro, tendo passado por países como Tailândia, Vietnã e Filipinas. Ela era considerada uma pessoa com boa forma física e estava acostumada a aventuras e trilhas, frequentemente compartilhando suas experiências em redes sociais.

Situação atual

Até o momento, Juliana segue localizada, mas o resgate permanece pendente devido às condições do terreno e climáticas. As equipes continuam empenhadas em encontrar soluções para chegar até ela e realizar o salvamento com segurança. De acordo com o governo brasileiro em nota oficial, o Itamaraty está atento e mantém o compromisso de prestar toda a assistência necessária à família.