A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta sexta-feira (6), o inquérito do assassinato de uma mulher, ocorrido no dia 28 de maio, em Taiobeiras, no Norte de Minas Gerais. Um idoso, de 67 anos, foi indiciado pelo crime de feminicídio qualificado.
A PCMG informou que, no dia do crime, o autor esfaqueou a vítima no abdômen. Mesmo gravemente ferida, ela conseguiu fugir e informar a identidade do homem aos policiais.
De acordo com a delegada Mayra Coutinho, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Taiobeiras, o crime ocorreu em via pública, no bairro Vila Esperança.
“Testemunhas relataram que o agressor abordou a vítima de forma repentina, segurou-a pelo pescoço e, em seguida, a golpeou com uma faca”, afirmou a delegada.
Após o crime, o suspeito fugiu, mas a polícia conseguiu localizá-lo na mesma noite. Ele foi preso em flagrante, na casa dele.
Segundo os investigadores, a faca usada no ataque, com vestígios de sangue, foi apreendida no local.
Histórico de violência
Durante a investigação, testemunhas presenciais, vizinhos e familiares da vítima foram ouvidas.
Nos depoimentos, as testemunhas confirmaram a dinâmica do crime.
Eles indicaram também que o casal tinha um relacionamento conturbado, marcado por ciúmes, violência e uso abusivo de álcool e drogas.
A PCMG apurou, ainda, que o investigado já apresentava um comportamento agressivo, sendo suspeito de envolvimento na morte de uma outra mulher, em circunstâncias semelhantes à este crime.
Motivação fútil
Conforme a delegada Mayara Coutinho, a motivação do crime foi fútil, baseada em uma acusação infundada de que a vítima teria furtado dinheiro do homem.
Porém, o valor foi encontrado no próprio bolso do suspeito, quando foi preso.
“Ficou claro que ele utilizou um recurso que impossibilitou qualquer reação da vítima, ao surpreendê-la em local público e desferir o golpe de forma súbita”, pontuou Coutinho.
Com base nas provas, o inquérito foi concluído e o homem indiciado por feminicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário, e o investigado segue preso preventivamente, à disposição da Justiça.
