Minas Gerais intensifica ações contra gripe aviária após registro de caso em ave ornamental

estado. A decisão foi tomada após a confirmação de um caso da doença em uma ave ornamental na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O Governo de Minas Gerais adotou uma série de medidas preventivas para conter a disseminação da gripe aviária no. estado. A decisão foi tomada após a confirmação de um caso da doença em uma ave ornamental na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (28).

O caso levou o estado a decretar Situação de Emergência Sanitária Animal na última terça-feira (27), medida que permite reforçar ações de vigilância, controle e, se necessário, mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros.

De acordo com a diretora-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Luiza Castro, a detecção do vírus em uma ave de vida livre reforça a eficiência do sistema de monitoramento em Minas. “É uma situação que exige atenção, especialmente por se tratar de uma ave de vida livre, o que torna o rastreio mais desafiador”, explicou.


O governo informou que todas as ações estão concentradas em impedir que o vírus chegue às granjas comerciais. “O foco é proteger a produção avícola do estado, que segue funcionando normalmente e de forma segura”, garantiu Luiza Castro.

As medidas adotadas incluem reforço na biossegurança das granjas, vistorias em criatórios de subsistência, ações de educação sanitária e monitoramento contínuo das propriedades consideradas de risco.

O secretário adjunto da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, destacou que Minas Gerais vem ampliando sua participação no mercado internacional de proteína animal. Segundo ele, só nos quatro primeiros meses de 2025, o estado aumentou em mais de 10% o volume de exportações de carne de aves, totalizando 26 mil toneladas.

As ações seguem o Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, elaborado em parceria entre estados, governo federal e o setor produtivo desde 2022, quando surgiram os primeiros casos da doença na América do Sul. Até o momento, não há impacto na produção comercial em Minas.

A diretora técnica do IMA, Izabela Hergot, reforçou que o vírus da gripe aviária já circula em aves migratórias e silvestres há alguns anos. “Desde 2018, o vírus ganhou maior patogenicidade, e por isso intensificamos as fiscalizações nas granjas para garantir que as medidas de prevenção estejam sendo seguidas”, explicou.

Consumo de carne e ovos continua seguro

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) também se pronunciou, esclarecendo que não há risco no consumo de carne de frango ou ovos. A secretária adjunta, Poliana Cardoso Lopes, garantiu que a transmissão da gripe aviária não ocorre por meio da ingestão dos alimentos. “O risco está no contato direto com aves infectadas, não no consumo. Basta preparar os alimentos corretamente, como de costume, que não há perigo”, explicou.

Poliana alertou ainda para os cuidados que devem ser tomados em casos de contato com aves doentes ou mortas. A recomendação é não tocar nos animais e acionar imediatamente o IMA ou a Emater-MG para que sejam adotadas as medidas cabíveis.

A gripe aviária não tem transmissão comum entre humanos, mas situações de contato intenso com aves contaminadas, especialmente em pessoas com imunidade baixa, podem oferecer risco. Para trabalhadores das granjas, o uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) é fundamental para evitar qualquer possibilidade de contágio.

O Governo de Minas reforça que as ações seguem de forma rigorosa e que não há motivo para pânico. O estado mantém a produção e o abastecimento de carne de frango e ovos sem qualquer alteração.

Leila Santos
Jornalista graduada pela Funorte, Leila tem ampla experiência em comunicação, com atuação como editora-chefe, além de passagens por TV, assessorias, agências de publicidade e marketing e jornais online. Atualmente, integra o Portal Webterra, unindo técnica, ética e compromisso na produção de conteúdos de qualidade. Leitora assídua e engajada em causas sociais, leva sensibilidade e responsabilidade ao seu trabalho.