Lideranças quilombolas de Januária, no Norte de Minas, reivindicaram a implementação de políticas públicas de saúde específicas para suas comunidades durante uma audiência pública realizada na última quinta-feira, 16 de maio. O encontro foi promovido pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça da Saúde do município.
O objetivo da audiência foi debater os principais desafios enfrentados na área da saúde e levantar dados sobre as deficiências na atenção básica voltada à população quilombola. Estiveram presentes representantes de 15 comunidades tradicionais, autoridades da saúde e membros de diversas instituições públicas.
Entre as demandas apresentadas, destacam-se a falta de ações de saúde preventiva, dificuldades no acesso à água tratada, transporte precário para unidades de saúde e a ausência de regularidade nas visitas dos agentes comunitários. As comunidades também pedem melhorias no atendimento em saúde bucal, mais agilidade na realização de exames e na entrega de medicamentos, além do fortalecimento dos serviços de saúde mental, sobretudo para mulheres e idosos.
A audiência pública contou com o apoio da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Norte (CRDS-Norte) e da Coordenadoria Regional de Apoio Comunitário, Inclusão e Mobilização Sociais do Norte de Minas e Vale do São Francisco (Cimos-Norte). A reunião foi conduzida pelo promotor de Justiça Daniel Lessa Costa, com participação da promotora Tatiane Aparecida de Almeida Costa, coordenadora da Cimos Norte.