Ensinamentos e lições de Rosa e Mia

Essa amálgama de estilos, temas e abordagens permite que a literatura de Guimarães Rosa, Mia Couto e o meu estilo, se complemente.
Foto: Divulgação/Redes Sociais
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Com eles encontrei uma área que é apaixonante e dedico-me a ela: a arte da escrita exige FOCO.

Lembro-me de que o mais importante é transmitir a paixão pelo meu trabalho e conectar-me com meus leitores.

Sempre foram referência para minha escrita, tanto Guimarães Rosa, como Mia Couto.


O jornalista Délio Pinheiro disse que minha obra é uma amálgama com as obras de Mia e Rosa, cada um falando do seu universo.

Com essa observação, despertei e entendi que dialogamos com nossas culturas de origem, trazendo elementos da música, da oralidade e das tradições populares.

Isso enriquece nossas narrativas e proporciona ao leitor uma imersão em universos como o Cerrado, a Savana e o Sertão.

Embora esses universos sejam distintos, compartilham uma perspectiva comum sobre as dificuldades e belezas da vida.

Foto: Divulgação/Redes Sociais
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Essa amálgama de estilos, temas e abordagens permite que a literatura de Guimarães Rosa, Mia Couto e o meu estilo, se complemente.

O que acaba criando um diálogo intercultural que enriquece a compreensão do ser humano e suas experiências, estabelecendo uma ponte entre o Brasil e Moçambique, através da palavra.

Seguindo-os, tenho as influências e semelhanças na forma como ambos constroem suas narrativas e abordam temas como história, memória, morte, vida e a relação entre ficção/realidade/natureza.

Lendo as obras de Guimarães Rosa e Mia Couto e realizando pesquisas cheguei a algumas conclusões, uma vez que oferecem uma riqueza de ensinamentos e lições que refletem sobre a vida, a natureza humana e a cultura.

A obra de Guimarães Rosa tem a complexidade do Ser Humano, explorando a dualidade da interação humana, revelando as contradições e a profundidade dos sentimentos.

Seus personagens são frequentemente multifacetados, mostrando que a simplicidade da vida pode oculta-la complexidades.

Uma obra permeada pela relação entre homem e natureza, o sertão.

Rosa usa a paisagem do sertão para refletir sobre as emoções e a espiritualidade dos seus personagens, mostrando como o ambiente molda a identidade.

Também é conhecido por seu uso inovador da linguagem ou neologismo.

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