Se mais uma vez a academia ficou para a próxima segunda, se aquele livro que você começou continua pela metade, se o edital do concurso que você jurou estudar mal foi lido, e se o projeto que te empolgou tanto está parado há dias…
Vou te contar por que isso acontece: sempre que você inicia algo novo ou que exige esforço, é como se seu corpo inteiro se voltasse contra você. É como se suas células se unissem para mandar um sinal de resistência ao seu cérebro. E aí, quando o cérebro recebe esse “alerta”, ele pensa: “Ah, já ficou tarde demais, o dia voou…, melhor deixar para amanhã.” É justamente, nesse momento, que você decide dar uma olhadinha no celular que o ciclo da procrastinação recomeça. Esta palavra que é bonita, é bem sorrateira, pois parece nome de feitiço do Harry Potter, no entanto consiste no hábito de adiar o inadiável — com um toque de culpa e outro de desespero.
E, claro, a Língua Portuguesa não ia deixar esse comportamento passar em branco. O verbo procrastinar vem do latim procrastinare , que significa literalmente “empurrar para amanhã”. Um clássico. Curioso como esse verbo é um dos que a gente mais conjuga mentalmente:
“Eu procrastino;
Tu procrastinas;
Ele deixa pra depois.”
Pois é, mas a conjugação já começa errada — igual a nossa disciplina. E tem mais: procrastinar não é sinônimo de preguiça, sabia? Preguiça é não querer fazer. Procrastinar é querer fazer… depois. Ou seja: você até se ilude achando que vai resolver tudo mais tarde. É quase um otimismo torto. E o antídoto é a disciplina.
Portanto, da próxima vez que você pensar “depois eu estudo”, lembre-se: até o verbo procrastinar foi criado por alguém que decidiu fazer alguma coisa. Nem que fosse adiar.
Deixe de procrastinar e vá!
Vá aonde ( = para onde)?
Aonde você precisa terminar suas tarefas inacabadas.
Movimente-se!