Esta noite sonhei com Nah, minha filha que partiu para o plano espiritual e continua me inspirando a escrever.
Foi um sonho tão real, em que a gente conversava sobre a plenitude da vida.
Dizia para ela que quem faz hemodiálise tem um desafio e uma luta árdua todos os dias para encontrar a plenitude da vida, o que se refere à vivência plena e rica de experiências, sentimentos e relações que compõem a existência humana.
Aí ela me disse que:
“_ A busca da plenitude é um estado de satisfação e realização, onde se encontram equilíbrio, alegria e propósito”.
Naquele momento, lembrei do presidente do Vietnã, Ho Chi Minh que escreveu um lindo livro de poemas enquanto estava na prisão em condições deploráveis e sofrendo maus tratos: intitulado “Diário da Prisão”.
Perguntaram para Ho Chi Minh, como ele escreveu um livro num lugar tão desumano.
Ele respondeu:
“_ Desvalorizei as paredes. O corpo estava preso, mas a mente e o coração não”.
Posto aqui versos desse poema:
A lua
“Na prisão, não há flores;
mas, a beleza da noite não é contida.
pela janela contemplou a lua repleta;
através das grades,
a lua vem contemplar o poeta”.
Atingir a plenitude na vida, mesmo fazendo hemodiálise, pode envolver vários aspectos, como: buscar o autoconhecimento — que é compreender quem somos — , nossos valores, paixões e objetivos.
É importante cuidar da saúde mental e física, que é o corpo e a mente, essenciais para uma vida plena.
Isso inclui vários aspectos: alimentação saudável, exercícios físicos, meditação e momentos de relaxamento.
Cultivar e cativar as relações com amigos, familiares e parceiros que nos apoiam e inspirem, numa “REDE DE APOIO”.
Viver o momento presente e desfrutar das pequenas coisas da vida, em vez de se preocupar excessivamente com o futuro ou remoer o passado.
Encontrar formas de se expressar, seja através da arte, escrita, música ou qualquer outra forma que ressoe com a sua essência.
Criança: a voz da esperança
Ter na vida a presença de uma criança na busca pela plenitude da vida pode ser entendida de várias maneiras, tanto em termos simbólicos, quanto práticos.
As crianças, com sua inocência, curiosidade e espontaneidade, trazem uma perspectiva única sobre o mundo e sobre o conceito de plenitude.
A inocência e curiosidade que as crianças possuem é algo natural que as leva a explorar o mundo ao seu redor. Elas nos lembram da importância de questionar, aprender e se maravilhar com as pequenas coisas da vida.
Viver o presente, uma vez que as crianças têm a capacidade de viver intensamente o momento presente.
Elas não se preocupam com o passado ou com o futuro, focando em suas experiências imediatas. Esse enfoque pode ser uma chave para a plenitude, pois nos ensina a valorizar o aqui e agora.
A maneira como as crianças encontram alegria e simplicidade nas coisas simples da vida — como brincar, correr e interagir — podem nos inspirar a redescobrir nossa própria capacidade de apreender a beleza nas pequenas coisas.
Essa simplicidade é muitas vezes esquecida na vida adulta, mas é fundamental para a plenitude.
O importante é estar aberto às experiências e buscar o que realmente traz satisfação e alegria.
