A criadora de conteúdo digital Yasmin Becker @yas__reborn, de 17 anos, moradora de Janaúba, no Norte de Minas, viralizou nesses últimos dias nas redes sociais após postar um vídeo em que leva um bebê reborn, apelidado de Bento, para um hospital da cidade, onde estaria “recebendo cuidados”, pois segundo a postagem “não estava se sentido bem”.
Vídeos em que esses bonecos são tratados como crianças reais, chamam a atenção de um diverso público, entre adultos e crianças.
Yasmin concedeu uma entrevista ao jornalismo do Webterra para explicar sobre o universo dos bebês reborns, que vem crescendo cada vez mais, girando a economia do país e proporcionado o encontro de colecionadores e apaixonados pelos bonecos, que para muitos é um estilo de vida, hobby e até mesmo profissão.

Início de um sonho
De acordo com Yasmin Becker, seu interesse pelos bebês reborns começou ainda bem nova. No início, ela mesma criava bonecas, e com o tempo, começou a vender as que já tinha e juntou dinheiro para comprar uma boneca mais realista: a Bella.
“Foi aí que tudo começou a crescer de verdade. Quando comprei a Bella, percebi que ela era super realista e tive a ideia de gravar vídeos como se eu fosse uma mãe adolescente, de 16 anos. Criei essa personagem e o público começou a se interessar muito. Os vídeos viralizaram rápido e logo bati 10 mil seguidores no TikTok. A partir daí, entendi que poderia transformar essa ideia em algo maior”, afirma.
‘Sei quem é meu público’
Com a rotina de gravações fictícias, a garota logo ficou famosa nas plataformas digitais. Vieram muitos seguidores, entre eles, colecionadores e admiradores. Mas, como nem tudo são flores, vieram também os temidos haters, pessoas que destilam ódio nas redes sociais. Sobre esse assunto, a adolescente se mostra forte.
“Hoje eu sei que nem todo mundo vai entender meu conteúdo, principalmente porque ele é feito para o público infantil. Então quando vem algum comentário negativo, eu simplesmente ignoro. Eu sei quem é meu público e o que quero transmitir”, explica.

Gravação no hospital
Na gravação que viralizou nesta semana, Yasmin Becker monta a bolsa do “filho”, o boneco Bento, com os mesmos objetos de um bebê de verdade. Logo em seguida, chama um carro de aplicativo e segue para o hospital de Janaúba.
À reportagem, Yasmin explica que aproveitou uma visita a um recém-nascido, e levou Bento para a unidade de sáude. Tudo de forma consentida, sem atrapalhar o serviço dos profissionais.
“Aproveitei que ia visitar um bebê de verdade que tinha acabado de nascer, e como já estaria no hospital, pensei: “por que não aproveitar o cenário pra criar um vídeo com o Bento?”. Entrei como visita, tudo certinho, e aproveitei pra gravar essa historinha como se o Bento também estivesse indo ao hospital. Foi uma ideia espontânea, mas que acabou rendendo bastante”, destaca.
Deu tudo certo
Segundo a influenciadora, que grava conteúdo para o público infantil, o vídeo do hospital repercutiu muito. Ela deu entrevista para vários veículos de comunicação do Brasil, bateu mais de 1 milhão de visualizações nas redes e gerou interesse em seus seguidores. “As crianças perguntavam se ele estava bem, queriam saber o que aconteceu depois. O engajamento foi muito alto e me motivou a continuar criando mais histórias”, disse.

Apoio da família
A família de Yasmin a apoia em seu sonho. Os pais sempre estão ao seu lado, seja com palavras de incentivo ou para investir em materiais para a composição dos vídeos, como mamadeiras, roupinhas de marca, carrinho de bebê.
“Eles sabem que é algo que eu levo a sério e me dão o apoio necessário, principalmente quando envolve algo maior, como sair para gravar ou investir em algum material. Eles veem que é uma coisa que eu amo fazer e que está trazendo resultados, então me apoiam bastante”, conta.
A mãe da adolescente, Melanie Becker, de 37, relatou que apoia o interesse da filha. “É o hobby dela. Algo que ela faz com carinho e dedicação. Nunca vi nada de errado nisso. Pelo contrário, é uma forma de expressão, de cuidado e cada pessoa tem algo que gosta de fazer”, afirma.
Vida normal
Yasmin é uma adolescente, de 17 anos, como qualquer garota da sua idade. Fora das redes sociais, ela sai com amigas, estuda, se diverte e sabe que os bebês reborns são uma paixão que viraram um hobby, no qual ela consegue monetizar. Tem coisa melhor do que trabalhar com o que você ama e ainda ganhar dinheiro?
“Levo uma vida normal como qualquer outra pessoa da minha idade. Estudo, tenho minha rotina, saio com minhas amigas, curto meus momentos fora da internet… E além disso, encontrei nos bebês reborns uma forma de unir diversão com algo que eu amo de verdade. Virou um estilo de vida e também uma forma de trabalho. Hoje consigo monetizar essa paixão, e é muito gratificante ver onde cheguei com meu esforço!”, orgulha-se.
