A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nessa quarta-feira (30), a operação Último Voto, que resultou na prisão temporária de um homem, de 44 anos, suspeito de envolvimento no assassinato de um candidato a vereador em Gameleiras. O crime ocorreu em 30 de setembro do ano passado, na zona rural do município, no Norte de Minas.
Policiais civis de Montes Claros, Mato Verde e Janaúba participaração da operação Último Voto.
De acordo com a PCMG, durante a ação, uma mulher também foi presa em flagrante após os policiais encontrarem munições e componentes para recarga de cartuchos na casa dela.
Crime
A vítima, de 45 anos, era integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e disputava uma vaga na Câmara Municipal de Gameleiras. O homem foi encontrado morto com perfurações de tiros em uma estrada vicinal, próxima ao distrito de Jacu das Piranhas.
Na época do crime, outro candidato a vereador foi preso por suspeita de envolvimento no assasinato.
Operação
Segundo o delegado Cézar Salgueiro, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências da zona rural do município.
“As buscas foram realizadas de forma simultânea, com o objetivo de localizar armas, munições e documentos que pudessem reforçar a linha de investigação”, explicou.
Durante as investigações, um suspeito foi preso temporariamente, suspeito de envolvimento direto no homicídio, e em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Na casa do homem, a equipe encontrou um revólver, materiais utilizados para a fabricação artesanal de munições, além de vários cartuchos de diferentes calibres.
A ação resultou também na prisão em flagrante de uma mulher, após a localização de diversos materiais relacionados à recarga de munições.
“As diligências de hoje são fruto de um trabalho minucioso iniciado logo após o crime. Essa é uma resposta firme à sociedade, especialmente diante da gravidade de um homicídio ligado ao ambiente político”, afirmou o delegado Cézar Salgueiro.
A PCMG ressalta que as investigações estão sendo conduzidas pela Delegacia de Investigação Especiais (Die) em Montes Claros. A equipe segue a investigação para reunir outras provas sobre a autoria do crime e identificar possíveis mandantes.
O motivo que levou ao assassinato segue em investigação.
