Se imagine no pós-guerra no século XX, a Europa precisa ser reconstruída e vem então a reflexão pelos próprios arquitetos da época: – Como reconstruir rápido e com poucos recursos algo tão rebuscado, e porquê precisa ser tão rebuscado?

Com isso, a Escola de Arquitetura BAUHAUS trouxe a discussão que resultou na Arquitetura Moderna.
No Brasil, tivemos então, após a Semana de Arte Moderna de 1922, uma explosão destes pensamentos. Ainda, com a construção da nova capital, Brasília, a arquitetura modernista brasileira surgiu e foi um movimento que influenciou o Brasil e o mundo, com arquitetos que se tornaram muito reconhecidos como Lucio Costa e Oscar Niemeyer.
Ela é caracterizada pela racionalidade, funcionalidade e simplicidade das formas, um movimento que valorizou a cultura brasileira, a liberdade criativa e a utilização de materiais como concreto e vidro.
Nesse movimento nasceu o Brutalismo, reconhecendo o concreto aparente como protagonista da arquitetura. Nós arquitetos temos muito respeito e reconhecemos que o Brasil foi percursor nesta técnica. Técnica que demanda uma mão–de–obra especializada que ainda hoje é muito difícil de ser elaborada com êxito e precisão para que tenha um acabamento ideal.
Em Montes Claros, tivemos a construção na década de 1980 do Terminal Rodoviário projetado e executado pelo arquiteto Geraldo Alcântara, quem me inspira até hoje na profissão de arquiteta, um exemplo da Arquitetura Modernista Brutalista, com diversas características deste movimento arquitetônico e cultural.

Anos atrás a administração pública entendeu que o concreto aparente “não era bonito” ou era “difícil de ser limpado” e então decidiu pintar de azul

(talvez era a cor utilizada na campanha? Ainda não entendi …).
Fica a pergunta: – A estética respeita a história? Somos todos conhecedores da real estética? Qual a sua opinião?
O Brutalismo ainda inspira nós arquitetos, aplicamos na arquitetura contemporânea e em design de interiores pois tem seu charme próprio e uma identidade brasileira única.