MPMG cumpre mandados de busca e apreensão contra influenciadores digitais, para desarticular esquema de lavagem de dinheiro e venda de rifas ilegais, em Montes Claros

O objetivo da ação é desmantelar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro relacionado à exploração ilegal de jogos de azar, com foco em rifas virtuais.
2ª fase da Operação Castelo de Cartas ocorreu nesta terça-feira (1°) - Foto: MPMG/Divulgação
2ª fase da Operação Castelo de Cartas ocorreu nesta terça-feira (1°) - Foto: MPMG/Divulgação
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), cumpriu três mandados de busca e apreensão e ordenou o congelamento de quase R$ 3 milhões em patrimônio, de influenciadores digitais, em Montes Claros, durante a 2ª fase da Operação Castelo de Cartas, na manhã desta terça-feira (1°). O objetivo da ação é desmantelar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro relacionado à exploração ilegal de jogos de azar, com foco em rifas virtuais.

A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (CAO-ET), 10 ª Promotoria de Justiça de Montes Claros e 11ª Companhia de Polícia Militar Independente de Policiamento Especializado.

Os três mandados foram cumpridos em imóveis nas zonas urbana e rural da cidade, sendo determinado também pelo MPMG o congelamento de bens, avaliados em R$ 2.867.723,82, além da apreensão de um veículo importado (Mercedes-Benz, C250) e de uma caminhonete da marca Toyota, modelo Hilux.

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Conforme apurado, influenciadores digitais de Montes Claros, que não tiveram suas identidades reveladas, estariam explorando jogos de azar através de rifas virtuais nas redes sociais. O esquema ilícito resultava em um rápido aumento patrimonial. Para ocultar os valores ilegais recebidos, os investigados realizavam transações bancárias entre eles e suas empresas, além de efetuar compras de veículos importados e imóveis.

Segundo apontaram as investigações, para fazer com que o esquema parecesse legal, os investigados faziam doações de parte dos valores arrecadados, publicavam ações beneficentes na internet e divulgavam de forma ostensiva um empreendimento voltado para área de lazer, que já estava sendo construído na cidade, com a divulgação de vendas de apartamentos e cotas, que pode estar sendo utilizado na lavagem de dinheiro, sendo ilicitamente levantado através dos jogos de azar e rifas digitais.

Até o momento, as autoridades informaram que não houve prisões em Montes Claros. As investigações continuam com o processo correndo sob segredo de justiça.

A segunda fase da operação Castelo de Cartas foi conduzida no âmbito da estratégia Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC – Montes Claros), integrada ao Ministério Público de Minas Gerais.

Sarah Thomé
Sarah Thomé é jornalista, formada pelo Centro Universitário Funorte, com passagens por veículos de comunicação, sendo portais e TV. Comprometida com a notícia, veracidade dos fatos e ética jornalística, atualmente, faz parte do time do Portal Webterra. Natural de Belo Horizonte-MG, é apaixonada por livros, escrita e animais.