Na manhã desta quarta-feira (15), uma coletiva de imprensa realizada na RISP (Região Integrada de Segurança Pública) em Montes Claros apresentou os resultados da operação conjunta entre a Polícia Militar e a Polícia Civil, batizada de “Operação Efeito Dominó”. A ação teve como objetivo desarticular as facções criminosas responsáveis pela crescente onda de violência no bairro Santa Cecília e áreas adjacentes.
Durante a operação, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, além de 3 mandados de prisão. Dois dos suspeitos, envolvidos no assassinato de um adolescente em 2023, foram localizados e presos. O terceiro indivíduo não foi encontrado em sua residência. Segundo o Major Lessa, da Polícia Militar, com o apoio de cães farejadores, os policiais tiveram acesso a locais de difícil acesso e realizaram a apreensão de diversos materiais, entre eles: uma pistola calibre 9mm com dois carregadores, aparelhos celulares, balanças de precisão, uma faca, munições de diferentes calibres, R$ 691,20 em dinheiro, drogas, além de uma motocicleta roubada em Belo Horizonte, cadernos com anotações do tráfico e vários sacos plásticos utilizados para embalar entorpecentes.
Entenda o caso
O nome da operação faz referência à série de homicídios que aconteceram devido à instabilidade nesse aglomerado. Em dezembro de 2023, um adolescente de 17 anos, filho de um chefe do tráfico atualmente preso em Uberlândia, foi morto a tiros no bairro Tancredo Neves. O crime, segundo a polícia, está ligado à disputa entre facções rivais. Testemunhas relataram que dois homens em uma motocicleta dispararam diversas vezes contra o jovem antes de fugir. A vítima foi atingida na cabeça e teve o óbito confirmado pelo SAMU no local. A perícia da Polícia Civil esteve presente e realizou os procedimentos necessários, liberando o corpo para o Posto Médico-Legal.
Continuidade da operação e novas etapas
As investigações seguem em andamento sob a supervisão da delegada Franciele Drumond, titular da Delegacia de Homicídios de Montes Claros. A “Operação Efeito Dominó” será realizada em outras etapas para desmantelar completamente as facções criminosas e garantir maior segurança à comunidade.
“Contamos com a atuação de 46 policiais militares e 30 policiais civis, que trabalharam juntos para cumprir os mandados de busca e prisão e desmantelar essas redes criminosas. Estamos ainda, analisando os materiais apreendidos, incluindo celulares e anotações, que podem revelar a estrutura de comando das facções e confirmar as suspeitas de que o chefe do tráfico preso em Uberlândia ainda exerce controle sobre parte dos crimes em Montes Claros. Nossa missão é enfraquecer essas redes criminosas e restaurar a paz nas comunidades”, afirmou a delegada.
A operação representa um marco significativo no combate à criminalidade em Montes Claros e continuará com ações focadas na inibição da violência na cidade.
