Paulo Freire: Patrono da Educação Brasileira

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Neste segundo dia de janeiro de 2025, eu poderia falar dos meus sonhos, dando um tom poético para esta coluna.

E, já inicio o ano lembrando de Mia Couto, quando ele diz: “O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar, a estrada permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos e os sonhos, para nos fazerem parentes do futuro”.

Poderia falar do meu casamento com Ada, que fará quatro décadas (…) falar do lançamento do livro: Sal da terra: travessias pelo webterra, que irei lançar este ano, ou falar do meu desejo de realizar mais um transplante renal.

Mas, vou falar da educação prática e transformadora de Paulo Freire, que disse: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.

O educador e filósofo Paulo Freire posa para foto durante entrevista concedida para o Grupo Estado em SP, em 1993. — Foto: Clovis Cranchi/Estadão Conteúdo/Arquivo

Mais do que uma proposta de alfabetização de jovens e adultos, Freire criou uma filosofia da educação, com um corpo teórico consistente que contempla uma pedagogia voltada à prática e à ação transformadora.

Paulo Freire também criou um método inovador de alfabetização. Sua metodologia fazia uma conexão entre o conteúdo e as vivências de cada indivíduo. Dessa maneira, ele sempre defendeu a educação como um ato político e de resistência. Ele também recebeu o título de Patrono da Educação Brasileira no ano de 2012.

Além disso, foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em 1995, e venceu o prêmio de Educação para a Paz da Organização das Nações Unidas.

Sendo assim, é perceptível como Paulo Freire foi e ainda é uma pessoa muito influente quando se trata do assunto educação.

Paulo Freire não defendeu a educação seletiva mas, sim, uma educação crítica e transformadora, que se baseia em valores humanos. A educação deve partir da realidade cultural do aluno e das suas necessidades. O diálogo é a base do método de ensino.

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A educação deve ser uma ferramenta para transformar a sociedade. A educação deve ser orientada para a cidadania. A educação deve ser crítica e afastar-se da ideia de que o analfabeto é incapaz.

Freire desenvolveu um método de ensino inovador que se baseia em: Reconhecer a identidade cultural do aluno; Partir do estudo da realidade do aluno, Extrair temas geradores a partir da problematização da vida do aluno.

Freire começou a aplicar o seu método em Recife, no início dos anos 60, no Movimento de Cultura Popular (MCP). O MCP criticava o tom paternalista e autoritário de alguns educadores e defendia a participação ativa dos educadores na vida dos estudantes.

O método freireano é uma referência mundial na educação e alfabetização brasileira.

O educador e filósofo Paulo Freire posa para foto durante entrevista concedida para o Grupo Estado em SP, em 1993. — Foto: Clovis Cranchi/Estadão Conteúdo/Arquivo