Neste segundo dia de janeiro de 2025, eu poderia falar dos meus sonhos, dando um tom poético para esta coluna.
E, já inicio o ano lembrando de Mia Couto, quando ele diz: “O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar, a estrada permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos e os sonhos, para nos fazerem parentes do futuro”.
Poderia falar do meu casamento com Ada, que fará quatro décadas (…) falar do lançamento do livro: Sal da terra: travessias pelo webterra, que irei lançar este ano, ou falar do meu desejo de realizar mais um transplante renal.
Mas, vou falar da educação prática e transformadora de Paulo Freire, que disse: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.
Mais do que uma proposta de alfabetização de jovens e adultos, Freire criou uma filosofia da educação, com um corpo teórico consistente que contempla uma pedagogia voltada à prática e à ação transformadora.
Paulo Freire também criou um método inovador de alfabetização. Sua metodologia fazia uma conexão entre o conteúdo e as vivências de cada indivíduo. Dessa maneira, ele sempre defendeu a educação como um ato político e de resistência. Ele também recebeu o título de Patrono da Educação Brasileira no ano de 2012.
Além disso, foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em 1995, e venceu o prêmio de Educação para a Paz da Organização das Nações Unidas.
Sendo assim, é perceptível como Paulo Freire foi e ainda é uma pessoa muito influente quando se trata do assunto educação.
Paulo Freire não defendeu a educação seletiva mas, sim, uma educação crítica e transformadora, que se baseia em valores humanos. A educação deve partir da realidade cultural do aluno e das suas necessidades. O diálogo é a base do método de ensino.
A educação deve ser uma ferramenta para transformar a sociedade. A educação deve ser orientada para a cidadania. A educação deve ser crítica e afastar-se da ideia de que o analfabeto é incapaz.
Freire desenvolveu um método de ensino inovador que se baseia em: Reconhecer a identidade cultural do aluno; Partir do estudo da realidade do aluno, Extrair temas geradores a partir da problematização da vida do aluno.
Freire começou a aplicar o seu método em Recife, no início dos anos 60, no Movimento de Cultura Popular (MCP). O MCP criticava o tom paternalista e autoritário de alguns educadores e defendia a participação ativa dos educadores na vida dos estudantes.
O método freireano é uma referência mundial na educação e alfabetização brasileira.