Embora seja impossível prever com certeza o resultado, a esquerda tem chances razoáveis, especialmente se o governo Lula/Alckmin consolidar uma imagem positiva até 2026. Contudo, as variáveis podem mudar rapidamente, e o cenário só ficará mais claro à medida que os candidatos se definirem e o contexto político-econômico evoluir.
A possibilidade de a esquerda vencer as eleições presidenciais de 2026 no Brasil depende de uma combinação de fatores políticos, econômicos e sociais, como:
Desempenho do governo atual (Lula/Alckmin): A popularidade da esquerda em 2026 estará diretamente ligada aos resultados do governo em áreas como economia, políticas sociais, geração de empregos e combate à desigualdade. Um bom desempenho fortalecerá a narrativa da continuidade.
Situação econômica: Se o Brasil estiver em crescimento econômico, com inflação controlada e melhora na qualidade de vida, isso poderá beneficiar candidatos alinhados ao governo atual. Por outro lado, crises econômicas podem abrir espaço para a oposição.
Coesão entre partidos de esquerda: A unidade ou fragmentação da esquerda influenciará suas chances. Se o PT e outros partidos de esquerda (PSOL, PCdoB, PSB, etc.) unirem forças, isso aumenta as chances de sucesso. Divisões internas poderiam enfraquecer a base.
Oposição de direita e extrema direita: A força do campo conservador, liderado por figuras como Jair Bolsonaro ou outros líderes emergentes, será determinante. Caso a direita se apresente dividida, a esquerda pode se beneficiar no segundo turno.
Mobilização popular e redes sociais: A capacidade de engajamento de bases populares e de usar estratégias digitais eficazes será crucial, já que as redes sociais continuarão sendo um campo central na disputa eleitoral.
Contexto internacional: Crises globais ou tendências políticas na América Latina, como o fortalecimento de governos de esquerda em outros países, podem influenciar o discurso político e a percepção do eleitorado.
É bom lembrar que recentemente a maior potência econômica planetária e também o maior parceiro comercial do Brasil – EUA, elegeu agora recente a maior figura direitista global, o megaempresário Donald Trump. E a direita brasileira, especialmente durante o governo de Jair Bolsonaro, aproximou-se ideologicamente dos EUA, refletindo afinidades com o trumpismo.
Contudo, atualmente, a China compete diretamente com os EUA pela posição de maior parceiro comercial do Brasil. Enquanto os EUA dominam em áreas de alta tecnologia e investimentos financeiros, a China é o principal destino de commodities brasileiras.
Essa dinâmica torna os EUA um parceiro estratégico, mas a dependência brasileira está cada vez mais distribuída entre diversas potências, o que reduz o impacto de uma única influência.
Conclui-se que o excesso de fumaça prejudica a leitura à bola de cristal.