Venha sempre a nós, ao vosso reino, nada!

O ser humano por vezes é um profundo guardador de energias por natureza. Quantos de nós já paramos para pensar nisso e até nos colocamos nesse lugar? Já ouvimos até alguém dizer que se depender de si, permanecerá apenas para comer e dormir – e ao que se constata isso é uma verdade nua e crua! Talvez essa não seja uma premissa original e generalizada, pois toda regra tem lá as suas exceções! Por outro lado, não é de se compreender, quando alguns demonstram estar “na caixa do nada” na maior parte do tempo. E quando acordam dessa letargia o trem já passou, o leite se derramou, o avião decolou. E o prejuízo, quem é que vai pagar a conta agora? Lado outro, é oportuno lembrar as palavras do escritor francês, Victor Hugo, que “iniciativa é fazermos o que está certo sem ser preciso que alguém nos diga para fazermos tal”.

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Nessa era de informação e acesso instantâneo às tecnologias e ciências diversas, somos bombardeados, em contrapartida, por notícias sobre ações de pessoas que parecem ser incansáveis em sua missão de vida. Que energia as move, elas são mais capacitadas, possuem quociente de inteligência acima da média? Na verdade na maioria das vezes, não! São pessoas comuns como todos nós que lemos este texto! Todavia, elas desenvolvem consigo uma vontade imensurável de vencer, de ajudar, de crescer e de contribuir positivamente com a realidade que as cerca. Tampouco muitos se limitam em serem movidos apenas pelas saciedades e necessidades imediatas. Com efeito, é preciso sensibilidade para que compreendamos que a recompensa está em saber ser e em saber se doar. Há um ditado que diz que alguns só vivem o “venha a nós, mas ao vosso reino, nada”!

A doação verdadeira está em prestar atenção ao que os outros carecem e se utilizar das próprias potencialidades para poder de alguma maneira melhorar o meio em que se convive, seja com talentos, ideias ou com recursos. Não importa se doamos muito ou pouco. O que vale é saber que oferecemos o que nos coube. Nessa hora, ainda que pareça inerte, há com certeza uma nova dimensão que se abre aos doadores e aos recebedores. E para saber quando e o que se deve doar é forçoso estar atento, participar junto à comunidade que se faz presente. Também assim estar cauteloso juntos aos seus para não viver apenas pela obrigação, para comer e dormir, enquanto a vida passa sem cessar! Desse modo algo sensacional se faz em nós, pois sempre que somos proativos e sensíveis a essa ideia, nos mantemos ainda mais direcionados e motivados a continuar a obra e satisfeitos em poder colaborar. Não sem razão, Martinho Lutero, um sacerdote alemão, nos confidencia que “deve-se doar com a alma livre, simples, apenas por amor, espontaneamente”!