Um boletim de ocorrência foi registrado pela Polícia Militar após um menino de 3 anos chegar em casa e contar à mãe que havia sido agredido e maltratado por sua professora em um CEMEI da Vila Oliveira, em Montes Claros, na noite de terça-feira (22).
Por volta das 18h, quando o menino chegou da escola, a mãe iniciou o banho enquanto o pai acompanhava. Ao retirar a blusa da criança, o pai notou uma vermelhidão no braço do filho. Ao ser questionado, o menino relatou que a professora, muito irritada, o apertou com força e arranhou seu braço com as unhas depois que ele fez “birra”.
Segundo a mãe, Ana Clara Silva Mendes, de 24 anos, ela e o companheiro ficaram preocupados após o relato e levaram o menino a uma Unidade de Saúde para atendimento médico. Os profissionais de saúde constataram uma lesão avermelhada de 5 centímetros no braço esquerdo da criança, que também se queixava de dor ao ser tocado no local. Não foram identificadas lesões ou escoriações na genitália ou no ânus. Após o atendimento, o menino foi liberado.
“Isso não pode ficar impune, as outras mães precisam saber. É um absurdo! Deixar o filho na escola para trabalhar e descobrir que pessoas covardes fazem isso”, desabafou emocionada a mãe.
Revolta
Ana Clara relatou que ficou completamente revoltada ao ouvir o filho e precisou tomar medicamentos controlados para se acalmar antes de ir à delegacia registrar a ocorrência.
“É uma sensação de impotência e revolta enorme, porque não sabemos quantas outras vezes ele pode ter sido oprimido”, lamentou.
A equipe de jornalismo entrou em contato com a direção do CEMEI, mas até a publicação desta reportagem o Portal Webterra não havia recebido resposta. O espaço permanece aberto para o posicionamento das partes envolvidas.
Posicionamento do Educamoc
Em nota, o Educamoc informou:
“Assim que soube do caso, a Secretaria de Educação enviou uma equipe de inspetores à escola. A equipe colheu vários depoimentos, todos com o mesmo teor: a criança não sofreu agressão alguma, mas caiu sozinha de uma cadeira e ralou o braço. Inclusive a mesma foi entregue sem problemas para o responsável, e apenas ao chegar em casa relatou essa história. A Prefeitura reitera seu compromisso com o bem-estar das mais de 30 mil crianças matriculadas na rede municipal de Ensino e vai continuar realizando a apuração dos fatos”.
*Com a colaboração da jornalista Leila Santos. Esta reportagem segue em atualização.