O curso de manutenção de celulares no Centro Socioeducativo de Pirapora está abrindo novas portas para jovens, capacitando-os para atuar em um mercado em plena expansão e com grande necessidade de profissionais qualificados. Desde março de 2023, em parceria com a empresa DPAR & Serviços, 19 adolescentes já passaram pela formação, que ensinam desde os reparos mais simples até consertos avançados em dispositivos elétricos
A iniciativa não se limita ao ensino técnico. Segundo Deyvison Rodrigues, responsável pelo curso, o foco também é preparar os adolescentes para o mundo dos negócios. “Queremos que eles saiam daqui com a confiança para atuar tanto no mercado quanto na gestão de seus próprios serviços, entendendo como funcionam as peças, o atendimento ao cliente e a organização das ordens de serviço”, explica. A metodologia do curso é 100% prática e faz uso de materiais reciclados, oferecendo uma experiência educativa sustentável.
Com aulas às terças e quintas-feiras, o curso, que dura três meses, já certificou 14 alunos, e outros estão se preparando para receber o diploma. Aqueles que mais se destacam têm a chance de continuar como monitores, ajudando novos participantes e aprofundando seus conhecimentos
Para Enzo Gabriel, aluno da atual turma, a formação representa uma oportunidade real de mudar sua trajetória. “O que estou aprendendo aqui pode me dar um futuro melhor. Quero continuar me dedicando e, quem sabe, abrir meu próprio negócio”, relata. Outro aluno, Paulo Penido, também vê no curso uma chance de recomeço: “Essa experiência vai me ajudar muito quando eu sair daqui”.
A diretora do Centro Socioeducativo, Layse Chamone, destaca o impacto positivo da iniciativa na vida dos jovens. “Proporcionamos um aprendizado prático, capacitando os adolescentes para o mercado de trabalho. Eles saem daqui acreditando em seu potencial, com uma formação que pode transformar suas vidas, nas empresas ou de forma autônoma”, pondera a diretora.
Além da manutenção de celulares, o Centro oferece outras capacitações, incluindo formações on-line, ampliando as chances de reintegração desses adolescentes à sociedade e ao mercado de trabalho.
*Nomes fictícios para preservar as identidades dos adolescentes, conforme recomendação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).