Um vereador, empresário e líder religioso foi condenado a 32 anos, seis meses e sete dias de reclusão, em Manga, no Norte de Minas.
A sentença, proferida no dia 26 de setembro, é resultado da condenação por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição de crianças e adolescentes. O réu começará a cumprir pena em regime fechado, tendo o direito de recorrer negado.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em abril deste ano, quando também foi decretada a prisão preventiva do acusado. De acordo com as investigações, o réu abusou sexualmente de cinco adolescentes, todos meninos entre 13 e 17 anos, utilizando-se de sua posição de poder para explorar a vulnerabilidade social das vítimas. Nos depoimentos, os jovens expressaram medo do poder econômico e da influência política do condenado.
A investigação foi conduzida de forma sigilosa, em uma operação conjunta entre o MPMG e a Polícia Civil, evidenciando a seriedade com que as autoridades trataram o caso.
O promotor de Justiça Lucas Eduardo de Lara Ataide destacou que o Ministério Público solicitou uma reparação mínima para danos morais às vítimas, fixada pelo juiz em um salário-mínimo para cada adolescente. Esse valor é considerado apenas um ponto de partida; as vítimas têm o direito de buscar na esfera cível uma compensação mais justa pelos danos sofridos.