O mês de setembro é marcado pela campanha “Setembro Verde”, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos no Brasil. A causa, que salva milhares de vidas anualmente, ainda enfrenta desafios significativos, principalmente relacionados à falta de doadores. Em Montes Claros, o movimento ganha força com a participação de acadêmicos da Liga Acadêmica de Nefrologia e Urologia (LANUR) da UNIFIPMoc, que promovem uma ação educativa para incentivar a doação de órgãos e tecidos.
A ação acontecerá neste sábado (28), das 7h30 às 12h, no Parque Municipal de Montes Claros, e contará com o apoio da Organização de Procura de Órgãos do Norte de Minas (OPO-Norte) e da Hemominas. O objetivo é esclarecer a população sobre a importância de se declarar como doador e desmistificar questões relacionadas ao processo de doação.
Ana Cláudia Abreu, acadêmica do 7º período de Medicina, explica que a iniciativa visa aumentar o número de doadores e conscientizar sobre a importância de manifestar essa vontade em vida. “É essencial que as pessoas conversem com suas famílias e deixem claro o desejo de doar. A recusa familiar ainda é um dos maiores obstáculos para o aumento do número de doações”, destaca.
Dados da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) da Santa Casa de Montes Claros mostram que, desde 1993, foram realizados 1.197 transplantes de rim, 73 de medula e seis de pâncreas na região. Em 2024, já foram realizados 68 transplantes renais. Além disso, sete corações foram encaminhados para transplante em outras unidades do Norte de Minas.
O Setembro Verde também celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos, em 27 de setembro. A data, instituída pela Lei Nº 11.584, tem como objetivo mobilizar a sociedade sobre a importância de ser um doador. Atualmente, mais de 43 mil brasileiros aguardam por um transplante, e a fila de espera por córneas ultrapassa 28 mil pessoas. Apesar de o número de doadores ter dobrado nos últimos 15 anos, a taxa de doação ainda é baixa, em grande parte devido à falta de autorização por parte das famílias dos potenciais doadores.
A ação é um importante passo para mudar essa realidade, levando informação e conscientização à população de Montes Claros e ajudando a salvar mais vidas.