Minas Gerais confirma 22 casos de febre maculosa em sete meses

Nos primeiros sete meses de 2024, Minas Gerais registrou 22 casos confirmados de febre maculosa, com duas mortes nesse período, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Em comparação ao mesmo intervalo do ano passado, quando foram contabilizados 30 casos e 13 mortes, houve uma redução no número de ocorrências, embora a gravidade da doença continue preocupando as autoridades de saúde.

Em agosto, um homem de 46 anos, morador de Divinópolis, morreu após contrair a febre maculosa. Ele apresentou os primeiros sintomas no final de julho e faleceu poucos dias depois, no início de agosto.

o que é a febre maculosa?

A febre maculosa é uma doença infecciosa aguda, transmitida pela picada de carrapatos infectados pela bactéria do gênero *Rickettsia*. A gravidade da doença pode variar de casos leves a formas graves, com alta taxa de letalidade. Em Minas Gerais, o principal vetor é o carrapato do gênero *Amblyomma*, conhecido como “carrapato estrela” ou “carrapato de cavalo”, sendo a bactéria *Rickettsia rickettsii* a responsável pelos casos mais graves.

Os carrapatos são encontrados, principalmente, em animais como cavalos, capivaras e roedores, que atuam no ciclo de transmissão da doença. Embora a febre maculosa possa ocorrer ao longo de todo o ano, a maioria dos casos é registrada durante o período de seca, de abril a outubro.

sintomas e prevenção

Os sintomas da febre maculosa incluem febre alta, dor de cabeça, náuseas, dores musculares, manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, entre outros. Se não tratada rapidamente, a doença pode evoluir para complicações graves, como paralisia e gangrena.

Para prevenir a doença, é fundamental adotar medidas como o uso de repelentes à base de Icaridina, vestimentas longas e claras, além de evitar sentar-se em gramados ou áreas com alta incidência de carrapatos. A inspeção regular do corpo após atividades ao ar livre é essencial, uma vez que a remoção rápida do carrapato reduz o risco de infecção.

Carrapaticidas também devem ser aplicados periodicamente em animais como cães e cavalos, conforme orientações veterinárias, e é recomendada a limpeza frequente de áreas com vegetação para reduzir a presença de carrapatos.

Leila Santos
Graduada em Jornalismo pela Funorte, Leila tem uma sólida trajetória na comunicação, com vasta experiência em diversos veículos de imprensa. Atualmente, faz parte da equipe do Portal Webterra, onde se destaca pela entrega de informações precisas e relevantes, sempre comprometida com a qualidade e a integridade jornalística.