Preso por queimar fazendas disse que motivação do crime foi política

Foto: Lucas Vieira de Lima/Polícia Militar de Goiás/Divulgação.

O homem preso por atear fogo em fazendas de Goiás, no último sábado (24), declarou em depoimento na delegacia, que a motivação para o incêndio criminoso foi política. Ele disse ter recebido cerca de R$ 300 para provocar chamas na fazenda de um desafeto político.

Lucas Vieira de Lima, de 29 anos, foi preso em Bom Jardim (GO), município próximo à divisa com Mato Grosso. Ele declara ter problemas psiquiátricos.

Conforme estimativa da  Polícia Militar, cerca de 700 hectares foram queimados. “O prejuízo causado é incalculável”, afirmou a PM.

Assim como outras regiões do país, Goiás vive uma onda de incêndios florestais. Na tarde de sábado, uma equipe do Batalhão Rural da PM reforçou a patrulha na região de Caiapônia (GO), por causa de várias denúncias de incêndios.

Sem confirmação e esquizofrenia

Delegado responsável pelo caso, Fábio Marques disse que a suposta motivação política e o suposto mandante do crime foram noticiados para a polícia de maneira informal. “Não há confirmação disso nos autos, pelo menos por enquanto. O que se tem até agora é o dolo de provocar dano”, disse Marques.

O delegado disse ainda que solicitou uma vistoria para verificar o dano causado pelo incêndio e que ainda não está claro se a fazenda destruída é de propriedade de um político. O caso é investigado pela delegacia de Aragarças (GO). A polícia apreendeu o celular e R$ 307 em espécie que estavam com o salgadeiro no momento da prisão.

Lucas Vieira foi solto após audiência de custódia no domingo (25). A juíza Leila Cristina permitiu a liberdade provisória, sob a condição de que o salgadeiro não participe de atividades políticas, especialmente durante o período eleitoral.

Também foi estipulada a obrigatoriedade de Lucas se apresentar quinzenalmente em uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), para tratamento psiquiátrico. O salgadeiro alegou que foi diagnosticado com esquizofrenia.

Lucas vive com o filho de 4 anos em Piranhas (GO). O advogado do salgadeiro, João Rodrigues, disse que as informação que seu cliente sabe já foram prestadas para a polícia. “Ele aparentemente sofre de esquizofrenia. A gente abordou essa questão com a juíza, que determinou que ele precisa passar no Caps para fazer um relatório sobre isso”.

[Com informações de Metrópoles]