“Tolle, lege!” é frase em latim que significa “Pegue, leia!”, do livro de Santo Agostinho, intitulado Confissões.
No meio de luta interna entre seus desejos espirituais e sua maneira pecadora de ser ele pensou ter ouvido uma criança cantar, Tolle, lege, o que significa, “Tome e leia.” Agostino sentiu que este era o momento da divina inspiração. Tomando as palavras literalmente, agarrou a Bíblia mais próxima, abriu e leu a primeira passagem sobre a qual seus olhos pousaram: “Já é hora de despertardes do sono. Nada de orgias, nada de bebedeira, nada de desonestidades, nem dissoluções; nada de contendas, nada de ciúmes. Ao contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não façais caso da carne nem lhe satisfaçais aos apetites” (Rm 13,11.13-14).
Talvez esta seja, exatamente, a necessidade maior de todos os tempos: ler. Sim! Nas últimas décadas, estudos apontam que a crise de leitura em nosso país, está sendo considerada uma das maiores crises socioeducacionai do Brasil. Porém, as causas fundamentais dessa crise não estão somente ligadas a influências da televisão, internet, jogos, e, outros aparelhos, como aparecem em muitas explicações, pois essa crise de leitura não é fenômeno dessa década, mas, sim, de séculos anteriores.
Todavia não caiamos no erro de achar que o uso das tecnologias é ruim, muito pelo contrário, deve ser considerado aliado para a formação do leitor e não ser visto como obstáculo, afinal nunca o jovem teve acesso a tantos textos como tem hoje através da internet. O desafio maior talvez seja descobrir a qualidade dos textos, utilizá-los como estratégias de leitura, pois os smartphones, tablets e computadores já fazem parte do cotidiano dos brasileiros, dessa maneira não podemos mais associar a leitura aos livros e jornais, somente, mas ela pode ir muito além! Afinal, ao incentivar os alunos a lerem conteúdos em sites, blogs e até mesmo aplicativos, é possível unir a tecnologia e a leitura para estimular a curiosidade dos jovens.
Logo: tomemos e leiamos!