Não é raro nos depararmos com empresas e instituições que ao longo dos anos perceberam a importância de um pessoal preparado para realizar bem a tarefa para que falhas profissionais sejam minimizadas e até extirpadas daquele ambiente esperto. Por vezes observamos no interior dessas organizações, placas do tipo: “estamos há X dias sem acidentes”. Ou ainda, ao realizarmos visitas nesses estabelecimentos, é possível assistir espaços que são determinados como áreas de segurança, pois naqueles locais demarcados se pode transitar sem riscos de acidentes. Ressalta-se que no hodierno a maioria das entidades trabalha necessariamente com a prevenção para preservar os seus funcionários ou servidores, com equipamentos de proteção individual – EPI, capacetes, ou coletes balísticos, trajes apropriados, óculos de proteção, etc. Esses são alguns dos itens que permitem ao pessoal envolvido estar amparado e protegido em sua área de trabalho. Igualmente verificamos que não é tão simples a sensibilização do público interno de uma empresa a ter posturas e condutas para produzir mais e melhor. É possível que haja resistência de alguns, que por vezes, que com uma visão apequenada ainda não internalizaram a importância e a necessidade de se manterem aparelhados para futuros imprevistos.
Ademais percebemos ainda que alguns empregados incipientes nas instituições não são adeptos a se preparem para o serviço de forma que poderiam atuar com maior eficiência e eficácia, bem como prestar um serviço de excelência, seja como servidor público ou funcionário de uma empresa privada. Vale dizer que o advento da máquina, desde era industrial no Brasil, por exemplo, o treinamento ao público interno se tornou cada vez mais necessário, pois as funções passaram também a serem cada vez mais especializadas. A operacionalização do maquinário exigiu que o funcionário apresentasse conhecimento peculiar e pudesse executar suas atividades de maneira técnica e mais profissional. As organizações depreenderam ainda que o treinamento conduzia o público interno a um processo de aculturação para aprimorar técnicas, melhorar o desempenho, adquirir ou aperfeiçoar conhecimentos, atitudes e habilidades, o que resultaria em uma otimização do que seria executado. Configurou-se então uma nova formatação na empresa para o treinamento, com carga horária definida, local apropriado, instrutores especializados e ainda avaliação daquele adestramento e dos resultados. Toda essa restruturação, de modo que os funcionários estivessem mais motivados, criativos e, que pudessem acreditar e agir conforme a cultura organizacional na preconização da missão, visão e valores institucionais.
Certa vez ouvi de um funcionário de uma empresa que ele fora promovido a um novo cargo em razão de sua conduta dedicada e que uma de suas novas tarefas a partir dali seria ligar o gerador de energia, caso essa faltasse em algum momento. Então um dos gerentes imediatamente o levou até a sala do gerador e lhe mostrou botões e manivelas. O gerente de forma simples lhe disse que na falta de eletricidade, bastava acionar aqueles botões e aquela manivela. Passaram-se alguns dias até que em uma incerta data ocorreu o corte súbito de energia. Então o funcionário se lembrou de que ali naquele setor somente ele teria, pelo menos, uma orientação. Quando então chegou à sala, acionou os botões, a manivela. Contudo imediatamente em diversas salas da empresa, um grande maquinário que havia ali começou a ser incendiado. O que o funcionário não sabia era que a manivela deveria ser acionada de acordo com a voltagem necessária. Por pouco ele não pôs todo o prédio abaixo com um grande incêndio.
Nesse alinhamento, cada vez mais podemos compreender que a preparação procedimental, o treinamento constante, a conscientização e sensibilização das empresas em institucionalizar o aperfeiçoamento técnico podem não só evitar diversos acidentes, mas também conduzir aquela a um patamar de evidência positivada. Por conseguinte se propagará ali, em efeito, um ambiente profissional agradável, seguro e, ainda assim, poderá ser exemplo para outras Companhias. Mais do que nunca, na conjuntura atual percebe-se a necessidade do aprimoramento e da especialização dos profissionais para estarem mais bem qualificados, para que o mercado os possa absorver e para que eles se destaquem em meio a tantos que ainda não possuem a visão necessária para se desenvolverem em um ambiente técnico seja ele qual for. O cenário empresarial cada vez mais exige conhecimento, competência, habilidades e atitudes diferenciadas dos que pleiteiam uma vaga nas organizações ou mesmo daqueles que desejam permanecer no desempenho da excelência profissional.
Michael Stephan da Silva – Capitão PM – Comandante da 210ª Cia PM / 10º BPM