A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu uma investigação que culminou no indiciamento de um homem de 40 anos por feminicídio, após a morte de sua companheira de 46 anos, nesta segunda-feira (12). O caso, que inicialmente foi tratado como violência doméstica, ocorreu no dia 29 de julho deste ano, quando o suspeito teria agredido brutalmente a vítima em sua própria residência.
De acordo com as investigações, a mulher foi encontrada com graves lesões na cabeça e no rosto e foi socorrida por volta das 23 horas daquele dia. Após ser internada, seu estado de saúde piorou significativamente, resultando em seu falecimento no dia 4 de agosto.
O delegado Flávio Cavalcante, responsável pelo caso, explicou que, logo após as agressões, foi instaurado um inquérito para apurar a ocorrência de violência doméstica e descumprimento de medida protetiva. “O crime, inicialmente tratado como lesão corporal, foi reclassificado como homicídio qualificado na forma de feminicídio após a morte da vítima, que sucumbiu aos ferimentos causados pelo espancamento”, afirmou Cavalcante.
A investigação revelou um histórico de violência no relacionamento do casal, marcado por brigas frequentes e agressões físicas. O laudo médico confirmou que as lesões sofridas durante a agressão foram determinantes para a morte da mulher, que sofreu um tromboembolismo pulmonar. A análise do caso apontou que o suspeito agiu com dolo eventual, assumindo o risco de causar a morte da vítima ao agredi-la.
Com base nas provas colhidas, incluindo depoimentos de testemunhas e o laudo de necropsia, o suspeito foi indiciado por feminicídio, conforme previsto no Código Penal, uma vez que a violência foi utilizada como instrumento de controle e submissão, configurando o crime como motivado pela condição de gênero da vítima.
O inquérito foi encaminhado à Justiça, e o investigado permanece detido no sistema prisional.