De 10 a 17 de agosto, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), intensifica a conscientização sobre a leishmaniose, destacando a necessidade de diagnóstico e tratamento precoce da doença, oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado. A campanha é parte da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, que visa ampliar os cuidados e conscientizar a população sobre os riscos e formas de prevenção.
O alerta se torna ainda mais urgente com histórias como a de Vitor Caetano Alves, morador de Belo Horizonte, que enfrentou uma luta contra a leishmaniose visceral após contrair dengue e chikungunya simultaneamente. O diagnóstico da leishmaniose, ocultada pelos sintomas das outras doenças, só foi possível após sete dias de internação, quando os médicos detectaram o protozoário causador através de um exame sorológico. Após o tratamento, Vitor se recuperou, mas a experiência ressalta a importância de buscar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas.
A leishmaniose visceral, uma doença grave e potencialmente letal, afeta principalmente o baço e o fígado, e seus sintomas incluem febre prolongada, emagrecimento e aumento do abdômen. Sem tratamento, a taxa de mortalidade ultrapassa 90%. Por outro lado, a leishmaniose tegumentar americana, embora menos letal, pode causar lesões cutâneas que resultam em deformidades e complicações.
Durante a semana de conscientização, a SES-MG reforça a importância de medidas preventivas, como o uso de repelentes, a limpeza de áreas próximas às residências e o controle de vetores e reservatórios do mosquito-palha, transmissor da doença. Além disso, destaca a necessidade de monitoramento constante e ações conjuntas com os municípios para identificar e controlar áreas de alta incidência.
Em Minas Gerais, foram registrados 59 casos confirmados de leishmaniose visceral até agosto de 2024, com nove óbitos, e 490 casos de leishmaniose tegumentar americana, com um óbito. Esses números reforçam a urgência de manter a população informada e de promover ações que contribuam para a redução da transmissão da doença no estado.