“Eu não fui abandonada, eu fui sequestrada na maternidade”, relata uma jovem no TikTok, em publicação que já atingiu milhões de visualizações. Na última semana, o sequestro de uma bebê recém-nascida em um hospital de Uberlândia chocou o Brasil.
“Eu acho que já está na hora de falar sobre isso. Já se passaram 24 anos, né? Já tô adulta”, pontua.
Com dias de vida, Silvia Camila Moraes, que mora em Manaus, foi sequestrada pela própria avó e deixada na porta da casa de uma família – que a adotou – nos anos 2000. Na caixa, havia uma carta, escrita por sua avó se passando pela mãe biológica, uma lata de leite em pó, um sabonete e uma mamadeira.
A moça acreditava que havia sido abandonada pela mãe. No entanto, em 2016, descobriu que, na verdade, a avó biológica a havia sequestrado enquanto a mãe estava acamada no pós-parto. Com a ajuda de parentes, a avó planejou toda a ação:
“As únicas coisas que eu sei é que todo o plano foi formado entre a minha avó e a minha tia-avó, porque a minha mãe aparentemente não tinha condições de me criar, tanto psicologicamente quanto financeiramente. Minha avó decidiu tomar a decisão pela minha mãe de que ela não iria me criar”, afirma.
No relato, Silvia Camila conta que, apesar do sequestro ser crime, a avó biológica nunca foi presa. A jovem também afirma que aos 16 anos, a genitora voltou a entrar em contato com Silvia Camila e contou do sequestro. Em 2021, a moça chegou a morar com a mãe biológica, porém decidiu voltar para a casa de sua família adotiva e cortar o contato com a mulher.
