A renda de jovens que saíram de ensino médio técnico supera em 20% os que saíram do médio convencional. É o que revelam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023
Ainda assim, apenas 8% dos jovens têm acesso ao ensino médio profissionalizante no Brasil, enquanto a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 32%.
O Insper também pesquisou o assunto em 2023, e chegou à conclusão em pesquisa que o PIB brasileiro pode aumentar até 2,32%, caso o país consiga triplicar o número de jovens matriculados no ensino técnico.
Por que isso acontece?
Para o superintendente de Educação Profissional e Superior do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Felipe Morgado, a razão para essa empregabilidade maior tem a ver com a ideia de o futuro do trabalho estar na transformação.
“Esses jovens, quando eles se formam na escola técnica, desenvolvem habilidades do aprender a parte teórica e o aprender a fazer. Ele tem um hands on (mão na massa) muito forte, e as empresas buscam profissionais que estão preparados para essa adaptação e principalmente que têm habilidades voltadas ao saber fazer, não somente habilidades técnicas, mas também socioemocionais para a resoluções de problemas”, conta o superintendente.
O superintendente do Senai relata que, em uma pesquisa feita com os concluintes de cursos técnicos da instituição no ano passado, houve um incremento de 25% na renda.
“Um ano depois, a gente entra em contato com o aluno para ver se ele está trabalhando. E 84,4% dos nossos alunos estão empregados depois de um ano de conclusão. Verificamos o incremento na renda também e a última pesquisa revelou um aumento de 25%”, explica.
Com informações de Metrópoles