Coluna Vida em Sociedade: Como se fôssemos donos do mundo

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É sempre bastante perceptível quando é chegada a sexta-feira nas grandes cidades. Há uma alegria intensa demonstrada por alguns, pois chegou a hora de se extravasar! E nessa corrida para aproveitar o final de semana se preparam para viajar, para as festas e baladas. Outros ainda já anseiam o momento de irem à casa de amigos e familiares em uma reunião que seja amigável e agradável. Na verdade, essa deveria ser uma situação ímpar para celebrar o regozijo do encontro, a euforia de abraçar a quem se ama, de ouvir e falar com as pessoas que mais estimamos e queremos o bem. Lado outro, é possível deduzir que nessas oportunidades em alguns meios sociais e lares ocorre, infelizmente, bem mais do que esperávamos. E, em um milésimo segundo, tudo o que fora pensado e prospectado pode se transformar em um desengano, em tristeza e por vezes, em tragédias. Em vez de conexão de energias positivas, o contrário pode dominar, ainda que por minutos de infortúnios.

Acredita-se que muitos ainda não estão preparados para simplesmente ouvirem o outro e serem contraditos. Ao que podemos inferir, querem escutar somente o que lhes agrada os ouvidos. E caso algo não seja como se gostaria, pode haver uma tempestade de palavras infelizes em direção ao pretenso azarado, que talvez não tivesse intenção em magoar ou causar discórdia. Contudo, quisesse apenas auxiliar o outro a compreender sobre uma causa ou sobre um assunto relevante que traria maior entendimento se houvesse mais reflexão de que o ser humano não é perfeito e é passível de falhas. Ainda mais quando se trata de relacionamentos interpessoais entre familiares e amigos. Por conseguinte, percebemos que quanto mais há difusão de cultura de paz e de amor ao próximo, mais devemos fazê-lo. O homem como uma raça representativa da atitude racional e também emocional vive dualidades diárias sobre tudo o que experimenta. A maturidade em cada circunstância é adquirida a cada segundo. Não nascemos prontos e não estaremos acabados mesmo aos cem anos de idade! Agregamos experiências, mas não as temos o tempo todo carregadas em nossa mente para emitir a resposta mais correta. Seria maravilhoso neste caso se fôssemos como máquinas que desenvolvem a função de enunciar a melhor resposta na hora exata!

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O “weekend” pode ser maravilhoso a todos nós! Todavia, não saíamos por aí agindo como se fôssemos donos do mundo! Quando pararmos para ouvir alguém, que sejamos todos “ouvidos”, que não estejamos ali apenas para compartilhar nossas experiências unilateralmente. Entretanto fiquemos atentos ao que o outro tem a dizer e sensíveis a interpretar a verdade que vá construir algo melhor. Pois, ao inverso, podemos destruir histórias que poderiam ser lembranças positivas por toda uma existência. Por conseguinte, não ceifá-las na fraqueza, na insensibilidade e na pequenez desoladora se torna algo verdadeiramente louvável.  Com efeito, será de grande valor dispor de ocasiões para falar com alguém que amamos do que perdê-la para o resto da vida por uma palavra ou por uma ação mal ajuizada.

Michael Stephan – Capitao PM – Comandante da 210ªCia/10º BPM