A advogada mineira Luana Otoni, de 39 anos, foi presa, no último domingo (23/5), no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte por suspeita de cometer injúria racial ao chamar um gerente operacional da companhia áerea Azul de “macaco, preto, cretino, babaca”. A mulher foi liberada na tarde da última segunda-feira (24/6) e ficou presa por menos de 24h na delegacia de Vespasiano.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais explicou que Luana foi liberada após passar por uma audiência de custódia virtual solicitada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A conclusão do juiz responsável pelo caso foi de que o crime cometido pela suspeita não cumpria os requisitos para uma prisão preventiva e, por tanto, concedeu a liberdade provisória, fixando a medida cautelar de comparecimento mensal em Juízo”.
O crime
Luana Otoni estava em um voo com destino a Natal (RN) cuja previsão era 13h30 desse domingo, porém, como consta no boletim de ocorrência, ela caiu com sinais de embriaguez assim que entrou na aeronave.
Ao se deparar com a situação, o gerente operacional da Azul afirmou que apenas perguntou se a mulher precisava de um atendimento médico e a convidou para deixar a aeronave, seguindo os protocolos da companhia.
Ele ainda afirmou que ela seria realocada em outro voo, porém, no momento, que entregou os pertences a mulher, foi chamado “macaco”, “preto”, “vagabundo”, “cretino” e “seu bosta” e afirmou que o gerente estaria feliz por retirar uma “Patricinha” do avião e começou a agredir a vítima com socos, chutes e tapas.
A mulher era presidente da Comissão de Direito da Moda da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), porém foi retirada do posto na segunda-feira por decisão do presidente da entidade, Sérgio Leonardo.
Em suas redes sociais, a advogada se intitula, também, como superintendente jurídica de uma empresa de locação e venda de equipamentos e sócia de uma rede de networking e conexões para mulheres de negócios.
Fonte: Metrópoles